Guia do Câncer

Câncer colorretal tem cura com diagnóstico precoce

Por Redação Doutíssima 02/04/2014

O câncer colorretal, conhecido também por câncer do intestino grosso ou câncer de cólon e de reto é um tumor caracterizado pelo crescimento desordenado de células na região do cólon e reto. Esse câncer é um dos mais incidentes entre as mulheres e está em terceiro entre os homens e acomete mais pacientes entre os 50 e os 70 anos e, no Brasil, a ocorrência é preocupante.

 

De acorodo com o médico oncologista, dr. Rene Gansl, “a doença se desenvolve gradualmente por um crescimento desordenado de células e tem a particularidade de exibir pólipos, antes de se tornar uma lesão maligna. Sendo assim, a prevenção e atenção aos sintomas são fundamentais para o diagnóstico precoce e correto e início rápido do tratamento, que garantem mais chances de cura”, alerta.

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Tipo de câncer pode não apresentar sintomas em fases iniciais do aparecimento. Foto: iStock, Getty Images

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país terá mais de 32,6 mil novos casos em 2015. No mundo já é o terceiro câncer mais frequente. Mas, se por um lado, os dados são alarmantes, por outro, a boa notícia é que, em estágio inicial, a chance de cura do câncer colorretal é de 95%.

O médico explica que o tumor colorretal tem como principais fatores de risco, os hábitos de vida, como a alta ingestão de alimentos gordurosos, sedentarismo, obesidade e alto consumo de álcool e tabagismo. Pessoas com histórico familiar, doença inflamatória intestinal, diabetes tipo 2 e acima de 50 anos também precisam ter especial atenção.

Pesquisa sobre câncer colorretal

Quando é diagnosticado já em estágio metastático, o tratamento desse câncer envolve quimioterapia ou até mesmo cirurgia. Para os casos metastáticos, a escolha do tratamento pode levar em conta a presença ou ausência de mutação em determinados genes.

A doença se desenvolve gradativamente, sem apresentar nenhum sintoma, por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.

Para contornar esse problema já considerado de saúde pública, um estudo colaborativo liderado pela Tokyo Medical and Dental University (TMDU), com o apoio do Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês (METI), da Fujifilm e Gastrocom visa difundir o sistema japonês de diagnóstico de câncer de cólon no Brasil, utilizando tecnologias de ponta, incluindo endoscópios e reagentes de teste.

Considerado um dos únicos tipos de câncer possíveis de se fazer prevenção primária, diagnosticando precocemente e removendo os fatores causais, esse câncer não costuma apresentar sintomas em fase inicial, fator que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, quanto mais cedo diagnosticado, maiores são suas chances de cura.

Este estudo consiste na realização de um exame de sangue oculto nas fezes e, em casos de resultado positivo, encaminhamento para a colonoscopia. Trata-se de um procedimento de teste comum para o câncer de cólon no Japão e já apresentou importantes resultados no Brasil.

Nos primeiros seis meses dessa pesquisa, mais de 3,6 mil brasileiros foram submetidos a esse processo de triagem. Desse total, 269 pessoas apresentaram sangue oculto nas fezes.

Após o encaminhamento para colonoscopia com equipamento de última geração, 18 pacientes foram diagnosticados com câncer colorretal, cerca de 10% dos casos investigados na segunda parte da triagem.

 

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Alerta contra o câncer colorretal

Apesar de o câncer colorretal quase não apresentar sinais, um alerta do Ministério da Saúde aponta alguns sinais que exigem a busca de ajuda médica, como desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação.

Perda de peso sem razão aparente, bem como cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar, são possíveis sinais da doença. Diante de qualquer um deles, procure orientação médica imediatamente.  “A constipação intestinal não é causadora de câncer de cólon, porém um dos sintomas do câncer já estabelecido”,  alerta o Dr. Rene Gansl.

 

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