Clínica Geral

Infarto na mulher: o que acontece quando o ataque cardíaco ocorre no público feminino

Por Redação Doutíssima 25/04/2014

O infarto na mulher é, muitas vezes, confundido com outras doenças, uma vez que não se manifesta com uma típica dor no peito e mal-estar, principalmente naquelas que ainda não alcançaram os 55 anos de idade.

Por este motivo, muitas mulheres acabam morrendo quando sofrem um ataque cardíaco, já que não foi possível identificar os sintomas de imediato, ou mesmo confundiram o quadro com sinais de uma leve indigestão.

infarto na mulher

Os sintomas de infarto na mulher não são tão claros quanto nos homens. Foto: Shutterstock

Normalmente as mulheres tendem a ter mais resistência à dor e isto faz com que a maioria delas não procure um médico. No caso do infarto, este é um risco muito grande à saúde feminina, pois pode agravar a doença e, ainda, levar ao óbito.

Sintomas de infarto na mulher

Os sintomas de infarto na mulher não são tão claros quanto nos homens. Na mulher, ocorre o chamado infarto silencioso. Ou seja, enquanto que o principal sintoma nos homens é a dor no peito, o público feminino, normalmente, não sente isto. Estima-se que apenas 43% delas sentem este sintoma durante um ataque cardíaco, enquanto um terço delas não sente dor alguma no peito.

Os principais sinais de infarto na mulher são parecidos com os de uma indigestão, como se tivesse algo trancado na garganta, além de também sentirem uma forte dor nas costas e no queixo. Entre outros indícios da patologia, estão o cansaço, as náuseas, o vômito e a dificuldade para respirar.

Estes sintomas podem surgir sem qualquer esforço físico ou trauma emocional, mesmo que a mulher esteja em repouso e desfrutando de aparente tranquilidade. Como não é possível diferenciar a dor no peito daquela originada por problemas como ansiedade e indigestão, para realizar o diagnóstico da doença, é necessário o acompanhamento médico e a realização de exames clínicos, como o eletrocardiograma e o hemograma completo.

Causas do infarto na mulher

Conforme apontam várias pesquisas médicas, normalmente, o infarto na mulher aparece dez anos mais tarde do que o registrado entre membros do sexo masculino.

As causas de infarto na mulher incluem sedentarismo, consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar, estresse constante, tabagismo e hipertensão. Outros fatores que podem levar à doença incluem o uso de pílula anticoncepcional por muito tempo (sem pausas), complicações na gravidez (como eclampsia – convulsões), ou até a falta de atendimento médico especializado. O risco cardiovascular para mulheres que fumam e usam pílula anticoncepcional é seis vezes maior.

O infarto na mulher tende a se manifestar na fase de menopausa, porque é neste período que o seu corpo faz diminuir o hormônio estrogênio, o qual possui função vasodilatadora, evitando o acúmulo do colesterol ruim e facilitando o colesterol bom. Por isso, ao alcançar a menopausa, é recomendada uma consulta ao cardiologista, pelo menos, uma vez por ano.

A mulher com histórico familiar de doenças cardíacas deve fazer consultas regularmente ao clínico geral ou cardiologista, a fim de identificar rapidamente qualquer problema. Ter uma alimentação saudável, não fumar, não beber em excesso, praticar exercícios físicos, verificar o colesterol regularmente e ficar atenta aos fatores de risco, são métodos que ajudam a prevenir o infarto na mulher.

 

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