Motivação

Orientação Profissional: a psicologia, o indivíduo e a carreira

Por Bruno Cuiabano 07/07/2014

Apesar de ter se tornado mais comum atualmente, a orientação profissional conta com mais de cem anos de história, passando por mudanças de acordo com as descobertas na área da psicologia. Entenda melhor como ela funciona. 

 

orientação profissional

 

A história da orientação profissional

 

A orientação profissional ou aconselhamento profissional, como se conhece atualmente, data de meados do século XX, mas ele surgiu bem antes. Na época (1909), Parsons fundou o serviço em Boston no qual se consistia em fornecer informações ao cliente sobre o mercado de trabalho em geral. Esse modelo foi vigente ate por volta de 1937. Nesta época, Meyers definiu-a como um processo de assistir ao individuo a encontrar uma profissão adequada as suas características próprias. No entanto, predominara a orientação profissional usando métodos estatísticos, com ênfase nos testes psicológicos, como instrumentos técnicos.

Este sistema segue em uso até 1950, época em que o aparecimento das teorias de Carl Rogers influencia uma nova maneira de pensar a orientação profissional e, no geral, o aconselhamento psicológico. Ele inicia a ideia de um aconselhamento não diretivo, centrada no cliente. O desenvolvimento das técnicas e a melhor consciência no uso de metodologias específicas no processo de aconselhamento viabilizaram uma pratica mais equilibrada.

 

Principais métodos do aconselhamento profissional

 

O aconselhamento psicológico consiste em diversos métodos, que foram surgindo com seu desenvolvimento. O método mais antigo era autoritário, que se baseava em repreender e ameaçar os orientandos. As ordens eram consideradas eficientes no trato com as pessoas. Logo depois veio o método exortativo, no qual o orientador se empenha em fazer com que o orientando assine um termo de compromisso ou promessa formal de qual destino foi “escolhido”.

O método sugestivo se consiste na repressão dos problemas usando o encorajamento das qualidades, já a catarse tem como elemento a confissão e expressão desses problemas. Ela foi usada por Freud de maneira continua, com objetivo de imobilizar o inconsciente.

De forma mais descritiva, o método diretivo tem como objetivo fazer uma seleção organizada de tópicos, definir problemas, buscar causas, soluções e planos de ação. Já o método interpretativo é usado junto com as técnicas diretivas, assim como na psicanálise, tem como base a exposição dos problemas, possibilitando uma compreensão melhor dos mesmos.

No método não diretivo iniciado por Carl Rogers, a entrevista é centrada no cliente, proporcionando um maior amadurecimento pessoal, já que é o orientando que dita o tempo que vai se abrir e mudar. Carl Rogers não diferencia muito o aconselhamento psicoterapêutico com algo mais específico como a orientação profissional.

A maneira de se pensar e tratar a psicologia tem forte ligação com o contexto histórico, com os conceitos e teorias mais contemporâneos. A orientação profissional adquire outras metodologias e características dando mais ênfase à mudança do sujeito pela sua responsabilidade e autonomia, que é creditada a ambos os participantes com objetivo de uma mudança satisfatória. A demanda precisa vir do sujeito, por isso a demanda externa se demonstrou pouco eficiente nesses casos.

 

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