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Reversão de vasectomia nem sempre é eficaz. Saiba mais sobre o procedimento

Por Redação Doutíssima 22/09/2014

A reversão de vasectomia é um processo marcado pelo arrependimento do homem, que deseja voltar a poder gerar filhos. Ainda que o sêmen seja expelido na relação sexual, ele não conta com a presença de gametas. E uma nova cirurgia, dessa vez mais complexa, é feita para buscar reverter esse processo – o que nem sempre é fácil e eficaz.

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Cirurgia que tenta reverter a vasectomia é buscada por homens arrependidos. Foto: Shutterstock

Saiba mais sobre a reversão de vasectomia

Antes de entender como funciona a reversão de vasectomia, é preciso saber em que consiste a vasectomia. Esse é um tratamento feito por homens que optam por não querer mais ter filhos. A cirurgia consiste em um corte no testículo, que por consequência interrompe a passagem de espermatozoides pelos dois canais deferentes.

A reversão de vasectomia é uma cirurgia mais complexa e que envolve a religação dos canais. Seu objetivo é reconectar as duas partes dos canais deferentes anteriormente separadas, o que só é possível quando o corte não foi muito grande.

Para isso, é feita uma microcirurgia, em que é preciso fazer uma pequena incisão no saco escrotal, de 3 a 5 centímetros. As pontas dos canais deferentes são localizadas e preparadas para o procedimento, que consiste na costura, também chamada de sutura, das duas partes. Ela é feita com fios finos e usando um microscópio. Depois o saco escrotal é costurado novamente.

O cirurgia é feita com anestesia geral, mas sem intubação e com máscara laríngea. Se a intervenção for feita pela manhã, o homem já pode receber alta no período da tarde. Após 45 dias é feito um espermograma para avaliar a quantidade de espermatozoides no sêmen, além de sua motilidade e morfologia.

Quando a reversão de vasectomia é indicada

De forma geral, a reversão de vasectomia é indicada para homens que fizeram a vasectomia há menos de 14 anos, pois só assim é possível ter maiores chances de sucesso.

Passado esse tempo a tendência é que vá ocorrendo um processo de fibrose, que como consequência causa obstruções localizadas abaixo de onde foi feito o rompimento do canal deferente. Nesses casos, é preciso fazer uma conexão fora da área obstruída.
O procedimento também tende a ser indicado em caso de parceiras que não tenham problemas de fertilidade. Ao religar os ductos do canal deferente, eles voltam a funcionar normalmente.

Porém, quanto maior for o intervalo entre a vasectomia e sua reversão, menores as chances de sucesso. Os valores são de 70% de chances de gravidez quando a reversão for feita após 3 ou 4 anos e chega a cair para 30% a 40% após 10 anos.

A idade do homem também influencia, já que a fertilidade masculina cai após os 45 anos. Além disso, é preciso avaliar o casal como um todo: o marido pode voltar a ter sua fertilidade normal, mas a idade da mulher também interfere nas chances da gravidez.

Não há contraindicações para a cirurgia de reversão de vasectomia. No entanto, o homem pode ser desencorajado a fazer quando a vasectomia foi feita há mais de 14 anos ou se a parceira já está perto dos 40 anos. Pode ser melhor para o casal buscar diferentes alternativas para engravidar, como métodos de fertilização in vitro.

 

 

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