Saúde Mental

Violência doméstica: como você pode ajudar uma vítima de agressões

Por Redação Doutíssima 10/10/2014

Por mais difícil que pareça de acreditar ao levarmos em conta o esclarecimento dos dias atuais, ainda vivemos em uma sociedade que muito pratica e é conivente com atos de violência doméstica.

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Vítimas de violência doméstica precisam de ajuda psicológica. Foto: Shutterstock

Esse tipo de situação ocorre com um número elevado de mulheres que, muitas vezes, sentem-se acuadas ao buscar ajuda. Se você se deparou com alguma situação conhecida de violência doméstica,veja como é possível ajudar a vítima sem aumentar seu trauma.

Como ajudar quem sofre de violência doméstica

– Não menospreze a vítima

A primeira atitude está em não menosprezar a situação. Não insinue que a vítima de violência doméstica está exagerando, mereceu ou gosta de apanhar. Além disso, não considere quem agrediu mais vítima do que a vítima. Não há motivo algum para inocentar um agressor só porque a vítima do crime é uma mulher.

– Trate o caso com seriedade

Você estará ajudando uma pessoa vítima de violência doméstica caso consiga respeitar sua situação e encará-la de forma séria. Por isso, não faça piadas sobre o assunto. Não há nada de engraçado em ser vítima de uma agressão.

Fazer piada é um passo para diminuir a importância da agressão perante a opinião pública, facilitando a aceitação da violência e, consequentemente, a impunidade.

– Auxilie na busca de ajuda profissional

Existem situações de violência doméstica em que é preciso uma ajuda profissional além do suporte dado à vítima. Por isso, ajude-a a procurar um serviço de assistência jurídica e atendimento psicológico. Se for o caso, ajude-a a encontrar um novo local para morar, e tente conseguir também o apoio de familiares.

– Entenda a vítima

Tenha paciência se a vítima tiver recaídas ou perdoar quem a agrediu. Raramente a vítima se livra do agressor rapidamente. Lembre-se que foram gastos muitos anos para construir uma relação violenta e, além de nem sempre ser fácil romper esses laços, existe uma pressão social para que a vítima não atrapalhe a vida do agressor.

– Ajude também o agressor

Se você conseguir e puder, é importante encaminhar o agressor para orientação psicológica. Isso será um passo fundamental para que ele não repita a postura violenta com outras pessoas.

– Não faça comparações

Ao lidar com uma pessoa vítima de maus tratos domésticos, uma atitude importante está em evitar a comparação de situações. Se A ou B conseguiram reagir à agressão e sair da relação rapidamente, contar isso vai apenas fazer a vítima se sentir fraca e culpada, fragilizando-a ainda mais.

Cada pessoa tem um ritmo diferente para reagir e, se você quer ajudar a pessoa a sair dessa situação, a melhor forma é entender o tempo dela.

– Ajude a registrar ocorrência

Por fim, caso a vítima queira dar tratamento jurídico à violência, faça o possível para que isso ocorra de forma satisfatória. Procure orientação pelo telefone 180 ou em serviços assistenciais de sua cidade.

Exija o registro da ocorrência, não deixe policiais duvidarem da palavra da vítima ou tratá-la mal. Infelizmente, nem sempre autoridades policiais estão preparadas para atender casos tão delicados, e o desânimo ou descrédito na postura policial vai fragilizar a vítima ainda mais.

Se ela não receber apoio, se sentirá injustiçada e tenderá a achar que não adianta o esforço de denunciar a agressão, colaborando para a impunidade do agressor.

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