Clínica Geral

TDAH: conheça o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

Por Redação Doutíssima 02/02/2015

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais comumente conhecido pela sigla TDAH, atinge de 3% a 5% das crianças em todo o mundo. Com origem neurobiológica e de causas genéticas, o transtorno se caracteriza pela inquietude, impulsividade e falta de atenção das crianças.

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Hiperatividade e dificuldade em prestar atenção podem ser sintomas de transtorno. Foto: iStock, Getty Images

Muitas pessoas, e mesmo médicos, não acreditam na existência do transtorno e chegam a afirmar que é um transtorno inventado pela indústria farmacêutica.

 

O fato é que, aqui no Brasil, ele é reconhecido como legítimo e é fonte de diversas pesquisas acadêmicas e médicas. Nos Estados Unidos, as crianças com TDAH são protegidas por lei e recebem tratamento diferenciado na escola, já que é neste lugar onde os sintomas são primeiramente observados.

Quais são e quando surgem os sintomas do TDAH

Para que uma criança seja diagnosticada com TDAH, ela precisa ter a combinação de dois sintomas principais: incapacidade de prestar atenção nas coisas e hiperatividade combinada com impulsividade.

 

Sem estes fatores, dificilmente ela terá o diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O transtorno é mais frequente em meninos do que nas meninas, mas os sintomas são os mesmos.

 

O primeiro lugar onde os sintomas se manifestam é na escola. Em sala de aula, as crianças têm dificuldade de atenção e relacionamento. São facilmente taxadas por professores e pais de colegas como “terríveis” e “vivendo no mundo da lua”.

 

Na verdade, eles vivem num mundo difícil de entender e de se portar como os outros. Sua mente, inquieta, não os deixa quietos um único momento.

 

Na vida adulta, os sintomas do TDAH costumam reduzir. Porém, em alguns casos, tamanha é a marginalização ao longo da vida, que os portadores do transtorno desenvolvem depressão e não conseguem colocação adequada no mercado de trabalho ou evolução em relacionamentos.

 

O que acontece no cérebro de um TDAH

 

A ciência já sabe que o cérebro de um TDAH tem alterações na região frontal, o que modifica as suas conexões com o restante do órgão.

 

A região atingida pelo transtorno é a mais desenvolvida no ser humano e é responsável por controlar nossos comportamentos, por nos fazer ter capacidades de atenção, memória, autocontrole, planejamento e organização.

 

A alteração da região frontal não é de ordem física, ou seja, o cérebro de uma pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade tem as mesmas dimensões de qualquer pessoa saudável.

 

As alterações são de ordem química, de como as informações enviadas por neurotransmissores, principalmente a noradrenalina e a dopamina, chegam às células nervosas, os neurônios.

Como é o tratamento para o transtorno

A chave do sucesso para o tratamento do TDAH é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo os sintomas evidenciarem o transtorno, mais qualidade de vida a criança e a família terão.

 

Em crianças e adolescentes, o tratamento é feito de maneira multidisciplinar, ou seja, vários profissionais da área médica, de saúde mental e pedagógica participam da intervenção.

 

Psicólogo, psicomotricista, oftalmologista, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo também podem contribuir com o tratamento.

 

Em alguns casos, os médicos podem indicar psicoestimulantes para o tratamento do transtorno. A ritalina é um desses medicamentos. De uso controverso, ela é o principal medicamento usado no tratamento

 

 

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