Guia de Carnaval

História do Carnaval: conheça como esta festa surgiu no Brasil

Por Redação Doutíssima 17/02/2015

Não há como negar que o Carnaval é a maior festa popular do Brasil, sendo uma das comemorações mais apreciadas e celebradas pelos brasileiros. Tanto é que o Brasil é considerado o país do Carnaval. Entretanto, muitas pessoas não conhecem a história do Carnaval, chegando a pensar que ela é uma festa originalmente brasileira.

historia do carnaval

As festas de Carnaval não são originárias do Brasil, por mais que se pense isso. Foto: iStock, Getty Images

Trazido ao Brasil pelos portugueses,a história do Carnaval inicia na Roma Antiga pré-cristã, época em que era marcada por um período de festas profanas, invernais, regidas pelo ano lunar.

Caracterizada pela liberdade de expressão, fantasias e máscaras, subversão temporárias de papéis sociais, o evento não era bem visto pela Igreja, que só passou a reconhecer a festa no ano de 1091, marcando no calendário o período que antecede a quaresma.

Durante a Idade Moderna, os bailes de máscara, as fantasias e os carros alegóricos foram incorporados ao Carnaval, sendo que, com o passar do tempo, as características improvisadas e subversivas do Carnaval foram perdendo espaço para eventos com maior organização e espaços reservados à sua prática.

A partir de então, a comemoração passou a se tornar uma celebração mundial em que as características próprias de cada país prevalecem

 

O início da história do Carnaval no Brasil

A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial, quando uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos.

Eles saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Em meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa.

Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de Carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.

No entanto, as camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas, criando, no final do século XIX, os cordões e ranchos, que eram procissões religiosas com manifestações populares, como a capoeira e os zé-pereiras, tocadores de grandes bumbos.

 

Marchinhas e desfiles na história do Carnaval

As marchinhas de Carnaval, populares até hoje em dia, entraram na história do Carnaval graças ao nome de Chiquinha Gonzaga, cujo grande sucesso foi a sua música “Ó Abre Alas”, também no século XIX.

O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se, ao longo do tempo, o legítimo representante musical do Carnaval.

Na sequência, o frevo, as escolas de samba, os maracatus e os caboclinhos foram algumas das manifestações que foram incorporadas à cultura brasileira na história do Carnaval do país.

Com isso, o Carnaval brasileiro tomou cores e ares tropicais e incorporou características locais, seja no Recife, no Rio de Janeiro, em Salvador ou em Parintins, que possuem eventos carnavalescos distintos.

Atualmente, o prestígio alcançado pelos desfiles de Carnaval, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a disseminação das chamadas micaretas trouxeram novas transformações ao evento, que tornou o Carnaval brasileiro um dos maiores shows mundiais.

 

 

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