Motivação

MC Mayara: novo clipe da funkeira feminista vira hit

Por Redação Doutíssima 20/09/2015

Sem medo de ousar, MC Mayara é conhecida pelo discurso da liberdade feminina. Em seu novo vídeo, Ai Como Eu Tô Bandida Dois, ela escancara alguns preconceitos. Com superpoderes, a cantora elimina vilões machistas.

 

Quem é MC Mayara

Nascida em 1993, Mayara Juliana de Souza começou a carreira na cidade de origem, Curitiba. Com os sucessos Ai Como Eu Tô Bandida e Minha Primeira Vez, a fama ultrapassou as fronteiras do Estado do Paraná.

mc mayara

Cantora utiliza as letras das músicas como forma de divulgar o pensamento feminista. Foto:Instagram, Reprodução

Em 2014, MC Mayara teve uma filha, mas nem a gravidez a impediu de subir nos palcos e cantar suas músicas em todo o país. A maioria das letras é a favor da liberdade sexual das mulheres e visa mostrar que todos têm direitos iguais, não importa o gênero.

Preconceitos combatidos

No vídeo de Ai Como Eu Tô Bandida Dois, MC Mayara enfrenta o Super Machista, a Super Racista, a Super Recalcada e o Super Homofóbico. De uma forma descontraída, a artista traz atenção para problemas sociais que fazem parte do dia a dia da população.

Em seu Instagram, ela mencionou que esses problemas invadem diariamente as redes sociais em comentários maldosos.

O combate ao machismo é frequente nas composições gravadas pela MC Mayara. Em Ai Como Eu Tô Bandida e Teoria da Branca de Neve, a curitibana dá o recado de que ela não está interessada em relacionamentos sérios e que vai sair com quem quiser. O feminismo está sempre presente no que a cantora faz.

Seu jeito “MC Mayara” de falar pode chocar, mas a causa feminista precisa de todas as estratégias possíveis para acabar com alguns estigmas sociais dos séculos passados.

Em entrevista, a cantora apontou uma diferença clássica no tratamento que mulheres e homens recebem. Enquanto eles ganham status de pegador pela variedade de parceiras, as mulheres que têm muitos casos são classificadas como “rodadas”.

Nesse ponto, é possível notar que direitos e deveres propostos pela sociedade têm dois pesos e duas medidas. A internet tem ajudado muito o empoderamento feminino na busca de igualdade e o respeito.

Machismo não é só coisa de homem

Combater o machismo não é apenas focar no que os homens pensam sobre as mulheres, já que muitas delas também têm visões estigmatizadas dos direitos e deveres de cada um.

Uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2014 revelou que 26% dos entrevistados concordam que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. Dessa parcela, parte dos participantes eram mulheres.

Outra pesquisa, feita pelo Instituto Avon e pela Data Popular com jovens brasileiros de 16 a 24 anos, mostrou que 68% dos entrevistados julgam ser errado uma mulher transar no primeiro encontro. Outros 48% acham errado uma mulher comprometida sair com os amigos sem a companhia do namorado ou marido.

O feminismo têm tentado combater de muitas formas um grande problema do Brasil: a violência causada pela falta de respeito com as mulheres. Dentro de casa ou na rua, elas são vítimas de agressões que os homens raramente precisam enfrentar e conscientizar a população é fundamental para reduzir o número de casos.

 

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