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Pseudoterapias não são milagrosas

Por Redação Fortíssima 20/06/2016

Na procura de um método efetivo para curar os diversos tipos de cânceres, muitos doentes encontram as pseudoterapias. No entanto, especialistas advertem que esses novos tratamentos não têm eficácia comprovada e não substituem as técnicas já conhecidas por seus efeitos vantajosos para a minimização dos sintomas e controle do desenvolvimento da enfermidade.

Os remédios mágicos, como são chamados por muitos doentes, estão se transformando em uma grande barreira entre médicos e pacientes. Vários deixam de investir nas técnicas conhecidas para consumir os tratamentos alternativos.

Pseudoterapias

A fosfoetanolamina está sendo testada para identificar possíveis resultados no tratamento de câncer. Foto: iStock, Getty Images

Interesse pelas pseudoterapias

Um grupo de pesquisadores da Universidade Columbia, dos Estados Unidos, buscaram respostas para o desinteresse pelas técnicas comprovadas. Cerca de 680 mulheres com câncer de mama foram convidadas para participar do estudo. De acordo com os resultados, 87% delas utilizam algum tipo de pseudoterapia para combater a doença.

As opções mais escolhidas são dietas, suplementos, remédios elaborados com ervas, acupuntura e atividades físicas. Essa rejeição, além de preocupante para a saúde das mulheres, apresenta um grande risco de morte. Muitos médicos estão preocupados com o desinteresse em eleger um tratamento reconhecido por sua efetividade.

Grande parte das pacientes que participaram da pesquisa, segundo os resultados, optam pelo uso descontrolado de suplementos vitamínicos. Esses comprimidos são capazes de melhorar a imunidade e garantir a energia necessária para melhorar os trabalhos diários. Apesar disso, nenhuma vitamina é capaz de combater os efeitos do câncer no organismo.

A polêmica fosfoetanolamina

Nenhuma das opções de pseudoterapias ficou tão famosa nos últimos tempos. A fosfoetanolamina foi criada no fim de 1980 pelo químico Gilberto Orivaldo Chierice, professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC). Essa substância é encontrada no próprio corpo humano e, hipoteticamente, impede que a doença se espalhe.

A droga foi distribuída, sem custos, por mais 20 anos para pacientes que apresentavam algum tipo de câncer. De acordo com os relatos dos que utilizaram o medicamento, os efeitos trouxeram bons resultados para o controle e minimização da evolução da doença. Apesar disso, especialistas não aprovam o uso dessa pseudoterapia.

A distribuição e o uso da fosfoetanolamina foi proibida no final de 2015 e liberada por Dilma Rousseff em 13 de abril de 2016. Para comprovar a sua eficácia, uma verba de R$ 10 milhões foi liberada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Os estudos feitos até o momento comprovaram que o medicamento não faz mal, mas também não traz resultados positivos para o controle da evolução dos mais diversos tipos de câncer. Ou seja, ainda há um longo caminho pela frente.

Optar por uma rotina mais saudável, investir no uso de vitaminas e apostar em atividades físicas sempre é uma boa escolha. Apesar disso, não é a única saída. Ao receber o diagnóstico de câncer, procure todas as opções de tratamentos com resultados comprovados.

A maioria das pseudoterapias não fazem mal, desde que você não abandone os métodos indicados por médicos. Converse com o seu especialista e peça dicas de hábitos que podem contribuir para a melhora da saúde.

Jamais acredite em medicamentos milagrosos e que trazem resultados instantâneos. O câncer é uma doença que deve ser tratada com paciência, calma, força, positividade e com todos os métodos com eficácia comprovada.

E você, já apostou no uso de pseudoterapias? Conte essa experiência para a gente!