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Mania: aprenda a identificar quando ela vira transtorno

Por Redação Fortíssima 13/07/2016

Verificar duas vezes se a porta do carro está fechada, fazer sempre o mesmo caminho para ir ao trabalho, olhar o mesmo filme mais de uma vez. Esses são apenas alguns exemplos de mania. Afinal, todas as pessoas têm determinados hábitos. Mas como identificar quando um comportamento repetitivo pode ser sinal de problemas?

Inicialmente, a psicoterapeuta Maura de Albanesi reforça que mania nada mais é do que realizar algo sempre da mesma forma: uma ação rotineira. “Todos nós temos pequenos hábitos que adquirimos ao longo da vida, mas que não apresentam riscos”, explica. É preciso ter atenção, porém, quando isso se torna necessidade e gera sofrimento.

Sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo

Como distinguir quando uma mania é saudável e quando ela pode ser sinônimo de uma doença? Segundo Maura, uma característica do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é que a pessoa se prende à mania e fica aflita quando ela não é realizada.

Uma tendência, de acordo com a psicoterapeuta, é de que a pessoa sinta que algo ruim vai acontecer se ela não exercer sua mania. “A situação se torna maléfica quando a pessoa se cobra a ponto de pensar que precisa realizar tal ação, exatamente daquela forma, daquele jeito e naquela sequência”, informa.

Então, quando a pessoa que tem TOC não exerce sua mania, surgem sensações de angústia, cobrança e sentimentos persecutórios (de perseguição). Conforme Maura explica, o indivíduo se aprisiona e acaba dedicando muito tempo a hábitos naturais, que deveriam fluir normalmente.

A principal complicação que o TOC pode trazer ao paciente é que sua vida se torna paralisada em função de suas manias. Ele poderá se atrasar para o trabalho, por exemplo, pois tinha de checar se a porta está fechada por longos dez minutos. Mesmo sabendo que o hábito é prejudicial, a pessoa não consegue se livrar dele.

Mania

TOC paralisa a vida do paciente. Foto: iStock, Getty Images

Tratamento da mania

O TOC pode ter causas variadas e o tratamento envolve detectar o que está por trás das manias do paciente. “É importante buscar a causa que é a raiz do problema, por meio da psicoterapia. Geralmente, o que ocorre é que a pessoa tem a sensação de que fez algo errado e, para se punir, cria essas manias”, esclarece a especialista.

Em geral, conforme salienta Maura, as pessoas com TOC tiveram pais muito severos e uma educação com punições muito duras. Há ainda uma questão de desequilíbrio no sistema nervoso que pode estar associada ao quadro. O primeiro passo para se livrar de uma mania e recuperar a qualidade de vida, portanto, é procurar ajuda.

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