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Câncer de mama inflamatório: Tipo raro ataca a pele

Por Tatiana Barros 18/10/2016

Este mês é marcado pela campanha Outubro Rosa, ação que reforça a importância da realização de exames preventivos do câncer de mama. E essa também é uma oportunidade de conhecer essa doença que, no Brasil, é o segundo mais comum nas mulheres. Um exemplo disso é o câncer de mama inflamatório, um tipo raro que ataca a pele.

Entenda o que é o câncer inflamatório de mama. (Foto: Istock)

Entenda o que é o câncer de mama inflamatório. (Foto: Istock)

Conheça o câncer de mama inflamatório

O câncer de mama inflamatório é um subtipo raro, agressivo e pouco conhecido da população. Segundo dados da Sociedade Americana de Câncer, entre 1% e 3% dos casos de câncer de mama em todo o mundo são deste tipo. A doença envolve a pele e dá a ela um aspecto de casca de laranja. “Esse tipo da doença evolui rapidamente e traz uma reação inflamatória intensa em toda a região afetada”, alerta o oncologista Artur Malzyner, especialista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

O tumor ultrapassa a área do nódulo e se sobrepõe à mama, uma vez que ele requer uma grande quantidade de vasos linfáticos para se desenvolver. Além do aspecto parecido com uma casca de laranja, a pele fica vermelha, e com um ardor e incômodo grande.

Tratamentos para o câncer de mama inflamatório

Embora haja tratamentos paliativos para aliviar o ardor e a queimação na pele da mama, o especialista explica que o tumor deve ser combatido com quimioterapia ou radioterapia. “É um tipo de carcinoma que, apesar da rápida evolução, tem grandes chances de cura”, explica o oncologista. Após o desaparecimento do tumor, a pele frequentemente volta ao normal.

Artur Malzyner lembra que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Por essa razão, é importante que a mulher procure o seu médico assim que notar algo diferente em seus seios.

O que você precisa saber sobre câncer metastático

É preciso ter em mente que, cada tratamento de câncer é específico e cada paciente reage de uma forma diferente. Isso vale, especialmente, no caso do metastático. Esse é o tipo avançado ou de nível IV, que acontece quando o tumor se espalhou a partir do seu local inicial.

Segundo o oncologista e integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), dr. Gilberto Amorim, atualmente a metástase já não é mais sinônimo de morte. “Com o avanço da medicina, as terapias-alvo, foco do que hoje é conhecido como medicina personalizada, atacam especificamente as células cancerosas, resguardando as saudáveis. Isso faz com que os efeitos colaterais sejam minimizados. Por sua alta especificidade, essas terapias têm mais eficácia e segurança”, explica.

O médico reforça que a jornada de tratamento de uma mulher é diferente da outra, sendo que o processo pode ter alterações, novas questões podem surgir com o tempo, e as preferências e prioridades da cada paciente podem mudar. “Além disso, as pesquisas sobre o câncer estão sempre evoluindo e novos medicamentos estão sendo continuamente desenvolvidos e hoje já há alguns tipos de tratamento que dão mais qualidade de vida”, finaliza.

Aproveite o Outubro Rosa e cuide da sua saúde. Realize os exames preventivos ao câncer de mama. Para saber mais sobre guia do câncer, não deixe de acompanhar o Doutíssima.