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Entenda o que é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Por Tatiana Barros 04/11/2016

O ator Luciano Szafir perdeu sua irmã, nesta sexta-feira, vítima da Esclerose Lateral Amiotrófica (também conhecida como ELA). A doença degenerativa é caracterizada por uma paralisia progressiva dos neurônios responsáveis pelos movimentos do corpo, o que causa perda do controle muscular. A ELA ficou mais popularmente conhecida em 2014, quando artistas famosos de todo o mundo participaram da campanha “desafio do balde de gelo”. A ação tinha como objetivo chamar atenção para a doença e conseguir doações para a associação que financia pesquisas para encontrar a sua cura.

O portador da ELA mais famoso mundialmente é o físico britânico Stephen Hawking, de 72 anos. Hawking foi diagnosticado com a doença aos 21 e chegou a ouvir dos médicos que teria poucos anos a mais de vida. O cientista contrariou a previsão e é um dos nomes mais importantes da ciência mundial. Sua história inspirou o livro e o filme “A teoria de tudo”, estrelada pelo ator Eddie Redmayne.

O físico britânico Stephen Hawking é o mais famoso portador da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). (Foto: Facebook)

O físico britânico Stephen Hawking é o mais famoso portador da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). (Foto: Facebook)

Diagnóstico da Esclerose Lateral Amiotrófica

O primeiro sintoma que a ELA dá é uma fraqueza muscular, juntamente com um endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica). Além disso, o paciente pode sentir:

• Cãibras
• Tremor muscular
• Reflexos vivos
• Espasmos
• Perda da sensibilidade
Problemas para respirar
• Dificuldades para falar, engolir saliva ou comida.

No entanto, o raciocínio intelectual e os sentidos do corpo não são afetados pela esclerose. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica, o diagnóstico da doença é um grande problema, uma vez que há uma dificuldade em ser realizado, já que não há exame de laboratório que indique alguma substância no sangue detectá-la. Na maioria dos casos, o paciente passa por diversos médicos, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Há uma estimativa que 10% dos casos da doença tenham origem genética, sendo mais comum em pessoas entre 50 e 70 anos. Em jovens, a ocorrência é rara.

Tratamento da ELA

Os únicos tratamentos que existem para a doença buscam retardar a evolução da ELA. O diagnóstico precoce e início rápido do tratamento são determinantes para que seja possível evitar a sua evolução. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece os medicamentos necessários, porém, na maioria dos casos, apenas quando o paciente já perdeu cerca de 50% dos neurônios motores.

O tratamento ainda é composto por supervisão de um médico e acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

E você já tinha ouvido falar da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)? Para saber mais sobre saúde e especialidades, não deixe de acompanhar o nosso site!