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7 dicas para tornar o sexo entre gays seguro

Por Debora Stevaux 17/07/2018

O cuidado na hora de se relacionar sexualmente não é exagero – e isso independe de orientação sexual, sexo entre gays, lésbicas e casais heteronormativos precisam ser protegidos. Prova disso é o aumento assombroso de novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em vários lugares do mundo. Segundo levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, somente os casos de sífilis causados por relação sexual desprotegida saltaram 603%, de 2007 a 2013.

Os casos de doenças sexualmente transmissíveis têm aumentado muito em nível mundial, por isso é importante que o sexo entre gays siga uma série de medidas protetivas. O autocuidado também é uma forma de resistência. (Foto: iStock)

E como nós já listamos 7 dicas para se proteger e fazer um sexo lésbico seguro com sua parceira, é justo e importante que a gente também selecione algumas medidas protetivas para um sexo entre gays seguro. Afinal, é melhor prevenir do que remediar, além do fato de que cuidar da própria saúde é um ato de resistência no país onde mais se mata transexuais no mundo, não?

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7 dicas para tornar o sexo entre gays seguro

  • Sempre use preservativo

Uma pesquisa idealizada em 2013 pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo apontou que  42% dos jovens que se declararam homossexuais usam preservativo somente às vezes quando estão transando.  A camisinha é uma das formas mais efetivas para se prevenir contra a contaminação por sífilis, vírus HIV e hepatites B e C e gonorreia.

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  • Faça os exames urológicos de rotina

Os meninos não possuem tanto a cultura de visitar o urologista com a mesma regularidade que as meninas vão para o ginecologista. Além do exame de próstata, é importante que os homens façam o autoexame testicular – semelhante ao exame que as mulheres fazem com as mamas – e é claro, a sorologia através dos exames de sangue para captar a presença de algum tipo de vírus ou bactéria. Se você possui uma vida sexual ativa é indicado que, realize os exames por, pelo menos, uma vez ao ano.

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  • Sexo oral também é de risco

O sexo oral também é uma das formas de transmitir e se contagiar por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), por isso é importante que ele seja feito com camisinha, principalmente se você não possui um parceiro fixo. Pode parecer estranho e até mesmo desconfortável, mas é de suma importância que você se proteja porque feridinhas na região do pênis, do ânus ou da boca podem te deixar muito mais vulnerável ao contágio e desenvolvimento de infecções virais e bacterianas.

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  • Se você faz sexo casual com frequência, tome cuidados específicos

Infelizmente, a homofobia ainda é muito presente e catalisa muitos crimes de ódio contra gays. Portanto, se você é usuário de aplicativos de sexo casual, é importante que você sonde bem qual é a conduta e as características do seu date. Não é comum, mas há a possibilidade dele marcar um encontro para te humilhar ou, o pior, te agredir. Então, sempre que possível também avise um amigo com as informações do contato que você vai se encontrar.

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  • Se você ou seu parceiro são adeptos de brinquedos sexuais, mantenha-os sempre limpos

Nem todos os gays ou bissexuais são adeptos dos sex toys, como são chamados popularmente os ‘brinquedos sexuais’. No entanto, é importante que os adeptos os higienizem com frequência, de preferência, logo após seu uso, com água e sabão. Após a secagem, espalhe em sua superfície álcool 70% de concentração para matar todos os microrganismos.

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  • Mantenha o pênis sempre limpinho

Lavar sempre o pênis com sabão neutro e água corrente é a melhor das formas de higienizar a região. Sabonetes íntimos podem provocar alergias ou alterar o pH da região, favorecendo o surgimento de bactérias e outros microrganismos nocivos.

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  • Se você se colocou em alguma situação de risco, faça os exames

Geralmente, o teste de HIV apresenta resultados em somente 30 minutos. Caso você seja surpreendido com um resultado positivo ou indeterminado, é necessário que seja feito mais uma vez. Os de hepatite e sífilis costumam demorar mais, cerca de 15 dias. Os resultados são sigilosos e somente o paciente pode ter acesso.

Se você se expôs a alguma situação de risco há um período inferior a 6 meses, precisa fazer tudo de novo, porque pode ter surgido o que os especialistas chamam de ‘janela imunológica’. Esse processo acontece quando o organismo da pessoa não conseguiu produzir anticorpos para agir contra a infecção.

Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de curar ou de controlar os sintomas das doenças. Por isso, não deixe de fazer os exames por medo ou por qualquer outro motivo. O autocuidado é uma das formas de resistir e de amor por si mesmo.