Saúde Mental

Insatisfação com o corpo pode levar a distúrbios alimentares

Por Redação Doutíssima 15/04/2013

Ficar sem comer ou comer demais. Ouvir a barriga roncando ou induzir o vômito. Obsessão por se olhar no espelho ou medo dele. Todas essas situações configuram distúrbios alimentares, uma série de problemas e transtornos que podem levar a doenças sérias e comprometem a saúde física e mental.

De acordo com uma pesquisa organizada pela empresa Sophia Mind, que entrevistou cerca de 3,5 mil mulheres entre 18 e 60 anos no Brasil, 92% delas não se sente completamente satisfeita com seu corpo. Entre as partes que mais as incomodam estão a barriga, os seios e os glúteos. 

Distúrbios alimentares podem indicar algo sério

São vários os distúrbios alimentares provocados pela baixa autoestima e insatisfação pessoal. Eles se caracterizam por um conjunto de doenças ocasionadas pela preocupação com a comida e o peso. Entre as mais comuns estão a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar.

Geralmente, os problemas com a imagem começam na adolescência, mas podem aparecer desde a infância ou na fase adulta. Eles podem se desenvolver em qualquer classe, gênero ou raça e não são problemas apenas relacionados à alimentação ou ao sexo feminino.

Uma pesquisa feita pelo aplicativo OnePulse, do Reino Unido, descobriu que apenas 8% dos homens estão muito felizes com sua forma física. Assim, os distúrbios alimentares afetam milhares de pessoas e podem passar despercebidos por muito tempo.

É comum que pessoas que passam por esses problemas neguem a existência deles e culpem outras manifestações patológicas, como a depressão. Quando os distúrbios estão associados a um quadro depressivo, podem ocorrer crises nervosas, que provocam alimentação irregular e tornam a doença ainda pior.

Problemas psicológicos acabam afetando também a saúde física, pois a pessoa fica debilitada e compromete o sistema nervoso e imunológico. Em alguns casos, a soma das doenças pode ser fatal.

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É comum que os distúrbios alimentares surjam da insegurança com o próprio corpo. Foto: iStock, Getty Images

Padrões inalcansáveis

Não é fácil se sentir bonito em uma era regrada por padrões midiáticos – mas é preciso. Blogueiras fitness, celebridades magérrimas, modelos de passarela e famosos musculosos estão entre as personalidades que definem o que é beleza.

Esses parâmetros, porém, são causa da maioria dos distúrbios alimentares, principalmente bulimia e anorexia. Não é à toa que 53% das mulheres entrevistadas na pesquisa brasileira feita pela Sophia Mind disseram acreditar estar acima do peso ideal.

Celulite e estrias, que geralmente são apagadas com recursos de edição fotográfica, causam pânico nas mulheres. Na busca pelo corpo perfeito, mulheres e homens recorrem a métodos agressivos para emagrecer e fazer parte do grupo dos belos e sarados.

Por isso, apenas a psicoterapia, a educação nutricional, aconselhamento da família e conscientização são capazes de reverter um quadro de baixa autoestima e distúrbios alimentares.

Em casos graves, quando há perda excessiva de nutrientes, problemas de garganta ou no organismo em função da indução ao vômito ou falta de alimentação equilibrada, os médicos podem indicar tratamento medicamentoso e internação hospitalar.

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