Estética

Conheça os prós e contras da cirurgia de aumento dos seios

Por Redação Doutíssima 24/04/2013

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo, segundo relatório mundial da Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). A mamoplastia de aumento, a colocação de silicone, é a mais realizada pelas brasileiras.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o procedimento tem como objetivo aumentar o tamanho e projeção dos seios, melhorar o equilíbrio do corpo, a autoestima, além de ser indicado para reconstruir a mama após a mastectomia ou lesão.

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Silicone também serve para melhorar o formato da mama e a tornar firme. Foto: Shutterstock

Prós e contras da mamoplastia de aumento

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Luis Henrique Ishida, apesar da maioria das pessoas acreditar que o silicone aumenta o tamanho dos seios, um dos principais pontos positivos da cirurgia é a melhora da forma da mama.

“Cada caso deve ser analisado individualmente, mas para todas será esteticamente mais bonito que uma mama natural. O maior índice de satisfação dos pacientes é com esse procedimento. Ele mantém a mama com boa forma, apesar da idade e da gravidez, por exemplo”, salienta.

Em contrapartida, o profissional destaca que o implante de silicone é uma colocação de algo externo dentro do corpo, que precisa se adaptar ao organismo. Apesar das próteses serem hipoalergênicas, ou seja, causar pouca ou nenhuma reação alérgica, ainda assim é possível que haja alguma complicação.

Conforme o diretor, a mais comum de todas é a chamada contratura capsular. “Essa reação se deve a qualquer corpo estranho, nesse caso a prótese. O corpo produz uma camada de fibrose envolvendo o silicone. Na maioria dos casos não tem problema nenhum, porém pode acabar a aumentando e enrijecendo. Além disso, a mama começa a se deformar e pode vir a causar dor e até mesmo romper a prótese”, alerta.

Dessa forma, Ishida explica que é necessário um procedimento para retirar a prótese e a substituir por outra logo em seguida. Mas em caso de infecção ou qualquer outra complicação da contratura, a substituição é prorrogada.  

O profissional aponta que entre os cuidados pré-operatórios estão a realização de exames laboratoriais ou avaliação médica, mamografia antes da cirurgia e outra após, suspender o fumo e evitar ingerir medicamentos como aspirina, anti-inflamatórios e medicamentos naturais, pois podem aumentar o sangramento.

Muitas mulheres têm dúvidas sobre o que podem ou não fazer no pós-operatório. O diretor explica que as recomendações variam bastante de profissional para profissional. Em linhas gerais, o período de recuperação geralmente é de 24 a 48 horas, seguido de um período de repouso de alguns dias. As atividade físicas devem ser retomadas aos poucos somente um mês depois do procedimento, assim como dirigir está liberado após 10 dias.

Tipos de próteses e técnicas de colocações

Segundo Ishida, o tipo de prótese escolhida para a mamoplastia de aumento irá depender da avaliação do médico cirurgião, mas também do gosto da paciente. “É preciso escolher formato e material, a projeção e largura vão depender de aspectos analisados clinicamente. A base do tórax deve ser observada para que a prótese não ultrapasse o limite sustentado pelo corpo, mas sim preencha o que está sobrando”, esclarece.

Os tipos de silicone vão do puro ao texturizado, onde a superfície rugosa evita a movimentação da prótese. Além disso, segundo o profissional, existe a prótese de poliuretano, que para o diretor, é mais complexa de ser colocada, exige um corte maior da mama e possui menos estudos sobre o seu uso.

Quanto à colocação, o cirurgião aponta a técnica por baixo do músculo da mama como a mais segura. “Produz uma projeção maior do colón da mama, mas é uma cirurgia maior, com pós-ambulatório mais dolorido, além de necessitar de anestesia geral. Entretanto, essa técnica impede que a prótese pese a mama”, pontua.

Ainda, existe a possibilidade da prótese de aumento dos seios ser colocada por cima do músculo da mama. Segundo o profissional, é uma opção mais simples, e que pode ser usada até mesmo anestesia local. Em contrapartida, o peso da prótese colabora com a queda da mama.

Além disso, uma nova técnica de enxerto de gordura associada a prótese de silicone vem sendo utilizada. “Se faz uma lipoaspiração e injeta gordura em volta da prótese, o que melhora o formato da mama como uma complementação estética”, explica.

 

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