Motivação

Equoterapia: conheça o tratamento para crianças especiais com a ajuda de cavalos

Por Redação Doutíssima 26/04/2013

Você conhece a equoterapia? É um tipo de terapia que utiliza o cavalo. Ela tem a função de estimular o desenvolvimento da mente e do corpo. O melhor é que pode ser feita por qualquer pessoa. Entretanto, complementa, especialmente, o tratamento de pessoas com necessidades especiais, como a Síndrome de Down etc.

 

De acordo com informações da Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), esse método terapêutico é utilizado dentro de uma abordagem interdisciplinar, ou seja, envolve as áreas de saúde, educação e equitação, promovendo o desenvolvimento biopsicossocial de quem necessita.

equoterapia

Terapia que utiliza cavalos é uma alternativa para desenvolvimento de crianças. Foto: iStock, Getty Images

Nessa terapia, com o auxílio dos cavalos, o tratamento pode auxiliar as pessoas com deficiências motoras e intelectuais. Os exercícios sempre são realizados junto à natureza, para intensificar o desenvolvimento das habilidades dos pacientes.

 

Benefícios da equoterapia

Entre os principais benefícios da terapia sobre o cavalo, estão: a melhora do equilíbrio e da postura; o desenvolvimento da coordenação motora; a estimulação da sensibilidade tátil, visual e auditiva; a melhora do tônus muscular e o aumento da força muscular.

 

Além disso, também facilita a integração social; o desenvolvimento da motricidade fina; a estimulação do funcionamento dos órgãos internos; o aumento da autoestima e autoconfiança; a estimulação do afeto, por conta do contato com um animal; e a promoção da sensação de bem-estar.

 

Em outras palavras, essa terapia promove benefícios físicos, psicológicos e cognitivos, e em cada um desses pilares, um leque de bons resultados vai se abrindo a cada nova sessão.

 

Uso do cavalo na equoterapia

Para a terapia, os cavalos utilizados devem ser especialmente treinados para tal fim. Precisam ser dóceis, com altura média de 1,50m, com andamento bem cadenciado e boa amplitude de passadas. Essa marcha dos cavalos é um dos fatores mais importantes para a equoterapia.

 

O cavalo como elemento terapêutico é bastante benéfico. Seu andar a passo produz cerca de 60 a 75 movimentos tridimensionais por minuto – o que equivale aos movimentos da marcha humana, com um deslocamento da cintura pélvica para trás e para a frente, para a direita e para a esquerda.

Dessa forma, para as pessoas com lesões cerebrais, esse tipo de terapia é importante, pois ao estar em cima do cavalo, o sistema nervoso central recebe o estímulo do que é a marcha, uma informação que esse indivíduo não possui devido à lesão que apresenta.

 

Presença de profissionais

O trabalho sempre é executado por uma equipe interdisciplinar, que pode incluir fisioterapeuta, fonoaudiólogo, instrutor de equitação, pedagogo, psicólogo, professor de educação física e terapeuta ocupacional.

Qualquer um desses profissionais poderá atuar na equoterapia, porém deve possuir curso específico para tal.

 

Atualmente, essa terapia tem sido inserida na grade curricular da graduação de fisioterapia. A equipe mínima para uma sessão deve comportar um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, um instrutor de equitação, um psicólogo e um cavalo.

 

Indicações e contraindicações

A equoterapia é indicada para pessoas com paralisia, acidentes vasculares cerebrais, traumas crânio-encefálicos, atrasos maturativos, formas psiquiátricas de psicoses infantis, autismo, Síndrome de Down, dependentes químicos, estresse e depressões, hiperatividade, entre outros.

 

Por outro lado, a terapia é contraindicada para pacientes com afecções graves da coluna vertebral, luxações de quadril, Síndrome de Down com excesso de afrouxamento nas primeiras vértebras cervicais e pessoas com pouca sensibilidade na região das coxas.

 

 

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