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Prevenção do HPV aumenta chances de cura do câncer de colo uterino

Por Redação Doutíssima 15/05/2013

O Papilomavírus Humano, conhecido pela sigla HPV, é um vírus sexualmente transmissível com mais de 150 subtipos que atingem humanos. Dentre esses, cerca de 12 são capazes de causar tumores e doenças genitais. Os tipos 16 e 18 são os mais preocupantes: cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero são causados por eles, segundo o Ministério da Saúde.

 

HPV e prevenção

O principal método de prevenção contra o HPV é o sexo seguro com camisinha. A transmissão acontece quando o genital de alguém saudável entra em contato com a pele ou mucosa de um portador do vírus e o preservativo impede essa ação.

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Vacina, Papanicolau e preservativo ajudam na prevenção do câncer de colo de útero. Foto: Shutterstock

Em casos menos comuns, o vírus pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto. O Ministério da Saúde ainda cita que há possibilidade de passá-lo através do contato com as mãos, mas os casos são raros.

Apesar da prevenção ser possível na população sexualmente ativa, ela não é totalmente eficiente. O HPV é silencioso e, em geral, não produz sintomas nem manifestações, impedindo que os infectados tenham conhecimento de que carregam o vírus.

Desde 2014, o Ministério da Saúde promove a vacinação de meninas de nove a 13 anos para a imunização contra os subtipos 16 e 18 do vírus, maiores responsáveis pelo aparecimento de doenças. O grupo é focado apenas em mulheres, já que nos homens ele não oferece riscos de problemas graves como o câncer.

HPV e câncer

O câncer de colo de útero é a segunda principal causa de morte entre as mulheres brasileiras e o vírus HPV está diretamente relacionado com a alta incidência desse tipo de tumor. Em 2012, cerca de 265 mil mulheres tiveram óbito em razão da doença no mundo, sendo 87% dos casos em países desenvolvidos. A informação é do Instituto do Câncer (INCA).

Assim, a vacina contra o HPV reduz drasticamente as chances do desenvolvimento do câncer de colo de útero. No entanto, a doença pode ser causada por outros fatores como predisposição genética, hábito de fumar, imunidade e comportamento sexual.

O câncer de colo de útero tem cura, principalmente se identificado em fase inicial. Para monitorar a saúde do órgão, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres sexualmente ativas façam o exame preventivo uma vez ao ano.

O papanicolau é um procedimento realizado por ginecologistas particulares e da rede pública para identificar se há células malignas no colo do útero. Através de uma raspagem e avaliação laboratorial do material é possível identificar alterações nas células uterinas.

Outro método para avaliação da saúde uterina é a colposcopia, em que o médico pode ver, através de uma imagem, se há lesões na região. Fazer os exames com frequência anual protege as mulheres da possibilidade de evolução de alterações para doenças como o câncer.

A união entre a prevenção contra o Papilomavírus Humano e o monitoramento da saúde genital através de exames realizados a cada ano garantem uma vida mais saudável e com menor risco de doenças graves.

 

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