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Como evitar o câncer de pele

Por Redação Doutíssima 16/05/2013

Como evitar o câncer de pele

Tomar sol traz uma sensação de bem estar enorme e a pele bronzeada parece ser mais saudável. Por conta disso, muita gente acaba esquecendo de algumas regras simples para evitar problemas de saúde no futuro. Um deles é o câncer da pele.

Cancêr de pele: evitar é possível

A exposição excessiva aos raios solares – mesmo durante o inverno – e sem proteção pode aumentar e muito a probabilidade de contrair essa doença, que corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

O dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Simão Cohen, alerta que quando detectado precocemente esse tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura. “É uma doença frequente entre pessoas com mais de 45 anos de idade e que pode ser prevenida, pois um dos principais fatores desencadeantes é a exposição excessiva ao sol. Além disso, o auto-exame da pele é simples”, afirma Cohen.

Fatores genéticos também são importantes. Pessoas que possuem casos de câncer da pele na família devem ficar atentas e tomar mais cuidado ao se expor ao sol.

Tipos de câncer da pele

O mais comum e felizmente menos agressivo é o carcinoma baso-celular. Corresponde a 70% dos casos e atinge pessoas que tomam muito sol sem proteção ao longo da vida. São encontrados frequentemente nas partes do corpo que ficam mais expostas ao sol como rosto e pescoço. A evolução desse tipo de câncer é mais lenta e a predisposição de invasão (metástase) para outros órgãos é baixa. “Não tem alto grau de malignidade e quando o tumor é retirado precocemente as chances de cura são altas”, explica o dr. Cohen.

Com 25% dos casos está o carcinoma espino-celular. Sua evolução é mais agressiva e pode atingir outros órgãos, caso não seja retirado com rapidez. É mais frequente em áreas úmidas como os lábios.

O terceiro tipo é chamado de melanoma detectado em 4% dos pacientes. Esse tipo possui grandes chances de metástase e, nesse caso, o fator genético é importante.

De olho na prevenção

O sol que pode provocar o câncer de pele é cumulativo, ou seja, aquele que você tomou desde criança e não apenas no último verão. Pesquisas indicam que a exposição excessiva durante os primeiros 10 a 20 anos de vida aumenta muito o risco de câncer de pele. Por isso é necessário ficar de olho no seu tipo de pele e proteger-se sempre.

Pessoas que tomam sol e ficam vermelhas, nunca bronzeiam, devem tomar mais cuidado e utilizar no mínimo o fator de proteção 15. Indivíduos ruivos, sardentos e de pele clara são os mais predispostos a contrair câncer. Em contrapartida a doença é raramente encontrada entre os negros. As peles mais escuras possuem uma proteção natural aos raios solares.

É preciso, também, ficar atento aos horários. O sol das 10h às 16h é extremamente prejudicial à pele. Além deprotetor solar é preciso utilizar chapéu, óculos escuros e guarda-sol. “Tomar sol é importante. O que não pode é a pessoa ficar o ano todo dentro do escritório e quando vai à praia ou a piscina querer bronzear-se de uma hora para outra”, alerta o dr. Cohen. O dermatologista lembra que aqueles que trabalham expostos ao sol, como os trabalhadores rurais, por exemplo, também devem tomar cuidado.

Auto-exame da pele

Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, você pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar como atrás das orelhas e axilas. Observe se há manchas que coçam, descamam ou sangram. Procure por pintas que mudam de tamanho, forma ou cor. Perceba se existem feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

É importante que você observe se há alguns desses sinais desde a planta dos pés até o couro cabeludo. Se você perceber alguma alteração procure um dermatologista.

Não ao bronzeamento artificial

Os médicos do Grupo Brasileiro de Melanoma e a Sociedade Brasileira de Dermatologia condenam o bronzeamento artificial apesar de reconhecer que esses aparelhos podem ser benéficos em algumas situações especiais, como nos casos de psoríase, doença inflamatória da pele que atinge cerca de 3% da população mundial.

O bronzeamento artificial faz uso de raios ultravioleta do tipo “A”, para deixar as pessoas mais morenas e, em geral, os indivíduos de pele mais clara e sensível procuram esse tipo de recurso. No passado, pensava-se que os raios ultravioletas A não causavam nenhum dano. Hoje, sabe-se que esses raios têm grande influência na formação do câncer da pele e outras lesões.

 

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