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Pílula do dia seguinte: 25% das adolescentes já usaram em SP

Por Redação Doutíssima 03/07/2013

Um quarto das adolescentes entre 10 e 15 anos já tomaram a pílula do dia seguinte, diz um estudo feito pela Casa do Adolescente em São Paulo. A pesquisa apontou também que dois terços das meninas e mais da metade dos meninos entrevistados têm noção dos métodos contraceptivos.

 

Uso da pílula do dia seguinte é preocupante

A prática alerta para vários fatores preocupantes. O maior deles é de que o uso de camisinha está sendo dispensado pelos jovens. Em segundo lugar, isso demonstra uma grande preocupação em evitar a gravidez, mas não em manter-se longe de doenças sexualmente transmissíveis.

pilula do dia seguinte

O uso indiscriminado de contraceptivo de emergência por jovens é fato preocupante. Foto: iStock, Getty Images

Tomar a pílula do dia seguinte sem muito conhecimento do seu efeito também é prejudicial. A quantidade de hormônios no medicamento é alta e, mesmo assim, ela não é tão eficiente quanto o contraceptivo de uso contínuo.

Outra preocupação é o uso indiscriminado do medicamento. Se a pílula do dia seguinte for utilizada uma segunda vez com intervalo pequeno após a primeira administração, seu efeito é ainda menor. A recomendação é do mínimo um mês entre uma contracepção de emergência e outra.

Quando usar o contraceptivo de emergência

Esse tipo de pílula é um contraceptivo de emergência, que deve ser tomado até 72 horas após a relação sexual desprotegida. Assim como o anticoncepcional comum, ela é capaz de prevenir contra a gravidez, porém não oferece nenhuma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

O período de utilização da pílula do dia seguinte é de até três dias após a relação sexual, mas sua eficácia é maior logo após a atividade e vai diminuindo com o passar das horas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de falha no final da janela de uso é de 2,7% a 4,7%

O medicamento usado para a contracepção de emergência possui os mesmos hormônios utilizados nas pílulas anticoncepcionais de uso diário, porém em dose elevada. A grande quantidade deles pode causar alguns efeitos colaterais.

Segundo o Ministério da Saúde, os efeitos secundários mais comuns são náuseas e vômito. Se, por acaso, a mulher que tomou a pílula vomitar até duas horas após a ingestão, recomenda-se que a primeira dose seja repetida. Outro impacto do medicamento no organismo é a alteração no ciclo menstrual.

Para comprar a pílula do dia seguinte, não é necessária a prescrição médica. Nos postos de saúde do SUS, o medicamento é fornecido e, em alguns casos, é indicado que a solicitante faça uma consulta com ginecologista para conscientização sobre o uso desse medicamento.

O medicamento é contraindicado para quem tem doenças hepáticas e predisposição ao tromboembolismo. Mulheres que estão, de fato, grávidas não devem tomar.

 

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