Clínica Geral

Tudo sobre fimose: das causas ao tratamento do problema

Por Redação Doutíssima 28/08/2013

Você sabe o que é fimose? Esse é assunto sério, que deve ser encarado não só pelas mamães que acabaram de ter um bebê menino, como também pelos homens, uma vez que esse problema pode também afetar adultos. Por isso, a informação é uma forma importante de evitar a situação.

O que é a fimose?

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – Sessão da Bahia (SBU-BA), o problema ocorre quando a abertura do prepúcio está tão contraída que não é possível expor a glande do pênis.

fimose

Assaduras e falta de higiene podem causar problemas no prepúcio em meninos. Foto: iStock, Getty Images

Para entender melhor, saiba que o prepúcio (uma dobra de pele e membrana mucosa retrátil que cobre a extremidade do pênis), geralmente recobre a glande (cabeça do pênis) quando ele está flácido, e se retrai quando ele está ereto, deixando a glande à mostra.

 

Isso quer dizer que o problema ocorre quando essa normalidade não existe. Além disso, a situação pode ocorrer em dois momentos da vida do homem. No primeiro, ao nascer, a maioria dos bebês apresenta o prepúcio aderindo à glande.

Aos seis meses, 20% das crianças já apresentam o prepúcio retrátil; aos três anos, o percentual sobe para 50% e aos 17 anos, chega a 99%. Essa é a chamada fimose congênita. Já a do tipo adquirida, pode ocorrer em qualquer momento da vida do homem.

Causas e sintomas da fimose

As principais causas da fimose adquirida são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que diminuem a abertura do prepúcio.

Além disso, pode ocorrer em função de repetidos episódios de dermatites, postites (infecção ou inflamação do prepúcio), balanites (trauma local e persistência de excesso de prepúcio pós-circuncisão). Também está associada à retração prepucial forçada ou repetida para se expor a glande.

Os sintomas incluem dor ao urinar, ardência, acúmulo de secreções, inchaço, dor e desconforto durante as relações sexuais, sangramento e, ocasionalmente, retenção urinária, enurese (micção involuntária) e infecções como a inflamação da mucosa que reveste a glande.

 

Nos casos de parafimose (quando o prepúcio até consegue se retrair, mas não consegue voltar à sua posição normal), pode apresentar inchaço e aumento da glande.

 

Prevenção e tratamento do problema

A melhor maneira de prevenir a fimose adquirida é a higiene adequada do local, o que vai evitar as postites (infecção ou inflamação do prepúcio).

Se o descolamento do prepúcio não ocorre naturalmente na primeira infância, o procedimento cirúrgico é o mais indicado. O tratamento é feito por um urologista e inclui a postectomia ou a posteoplastia. Ambas as intervenções são realizadas de forma simples e apresentam poucas chances de complicações.

A cirurgia deve ser feita antes da adolescência, porque a fimose pode interferir na qualidade da atividade sexual e, excepcionalmente, pode comprometer a fertilidade, dificultando a saída de sêmen.

Já a parafimose deve ser tratada imediatamente após sua identificação, já que há o risco da necrose no local. Inicialmente, o especialista pode sugerir o processo manual para tratamento da glande. Caso não apresente resultado, o paciente é encaminhado para a cirurgia.

Além disso, exercícios ou massagens para forçar o prepúcio não são recomendados, pois podem causar dor e provocar sangramentos, resultando na formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.

 

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!