Menopausa: um temido encontro com a queda da função reprodutiva, mas que não significa o fim da qualidade de vida.
Toda mulher vai passar um dia pelo processo biológico natural chamado menopausa. Saiba melhor como ocorre esse processo e como podemos fazer para driblar os sintomas.
A menopausa é definida como a ausência de ciclos menstruais durante um período mínimo de um ano. É um diagnóstico dado de forma retrospectiva baseado no histórico da paciente.
Já o climatério é definido como o período de transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva da mulher. É justamente todo o processo anterior à menopausa e que não tem um período de duração definido. Existem mulheres que terão um climatério de alguns meses, enquanto outras podem levar até mesmo anos até o estabelecimento da menopausa.
As primeiras alterações ocorrem por volta dos 38 anos, quando os ciclos menstruais ocorrem de uma maneira menos eficaz. A ovulação, que é o evento principal do ciclo hormonal da mulher, vai começar a ser menos frequente mesmo que ainda haja sangramento. Entretanto, não é esperado que uma mulher entre em menopausa antes dos 40 anos.
Uma das principais queixas são os fogachos. São os famosos calores súbitos que tanto incomodam as mulheres nessa fase.
Além disso, é comum a variação de humor. Irritabilidade, depressão e ansiedade são descritos.
Já do ponto de vista estrutural, teremos nessa fase uma acentuada diminuição da massa óssea devido à deficiência de estrogênio, a já conhecida osteoporose. Mulheres com a pele clara, magras e sedentárias são as mais vulneráveis.
Também pode haver uma atrofia do epitélio uretral aumentando o risco de infecções urinárias e predispondo a incontinência urinária.
Outra alteração comum é o ressecamento vaginal. A mulher pode começar a apresentar dores durante o ato sexual, maior frequência de infecções no local e diminuição da libido. Infelizmente a queda da função reprodutiva também pode refletir na qualidade da vida sexual desta mulher. A boa notícia é que hoje existem formas de controlar esses sintomas.
O mais importante é que você saiba que nem toda mulher é passível de receber a Terapia de Reposição Hormonal (TRH).
A melhor época para o início do tratamento é já durante o climatério. Pacientes em menopausa há mais de cinco anos vão começar a ter mais malefícios que benefícios com o tratamento. Depende muito também da idade da paciente. Converse com o seu médico para decidir se você deve ou não iniciar a TRH.
Somado a isso, existem contraindicações já bastante estabelecidas que impedem o uso da TRH. As principais são: histórico de câncer de mama ou útero, tromboembolismo venoso e doença coronariana. Sendo assim, alguns exames como a mamografia e o ultrassom transvaginal devem ser solicitados antes do início do tratamento. A escolha do melhor tipo de TRH vai depender de uma série de características da paciente e de suas expectativas.
Não encare esse processo natural como o final da sua feminilidade, saiba que se reconhecer como mulher vai muito além de um status hormonal.
