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Medo de avião: veja dicas para vencer essa fobia

Por Redação Doutíssima 27/09/2013

O medo de avião é um dos tipos de fobia mais frequentes entre pessoas de classes sociais, faixas etárias ou gêneros distintos. E, ao contrário do que se pode imaginar, não é somente o temor de que o avião caia que acomete as pessoas que têm medo de entrarem em uma aeronave. O pavor toma conta dos indivíduos por diferentes causas.

 

Particularmente, a fobia se caracteriza por uma ansiedade extrema diante do objeto do medo. É um alteração psicológica recorrente que provoca diversas reações físicas nas pessoa. “É assim com o avião”, explica o médico psiquiatra Ricardo Uchida. De acordo com ele, o medo de avião tem muitas origens e todas elas podem ser tratadas.

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O medo de viajar de avião pode causar a sensação de pânico em muitas pessoas. Foto: iStock, Getty Images

Origens do medo de avião

Além do medo que o avião caia, a fobia pode ter origem no temor que algumas pessoas têm em permanecerem em locais fechados, a claustrofobia. “Nesse caso, poderia ser em qualquer local fechado, independente de ser avião”, diz Uchida.

O medo de avião pode ainda estar relacionado a uma crise de pânico, à impossibilidade de deixar o lugar, ou ainda ao medo de altura.

É claro que o medo de avião é potencializado pela frequente veiculação de notícias sobre tragédias aéreas, diz o psiquiatra. “Isso é a realização de uma fantasia, a concretização de um temor, apesar de estatísticas comprovarem que morrem muito mais pessoas em acidentes nas estradas”, explica Uchida.

Talvez, pondera o médico, esse medo seja maior, por causa da falta de controle da situação que é mais evidente em um avião. “O carro é o meio de transporte que dá sensação de mais segurança por estar no chão. E tem ainda a repercussão dos acidentes aéreos que é sempre maior” completa Uchida.

 

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Como tratar o medo de avião

O medo é algo natural e benéfico para o ser humano, de acordo com Uchida. É ele que faz ponderar riscos e obedecer a leis, por exemplo. Mas, quando começa a restringir o bem-estar ou fazer parte de momentos comuns, é que se detecta a patologia. A partir daí começa o tratamento, que pode se dar de muitas formas, como a já referida terapia.

E a terapia tem diversas vertentes, como a que os especialistas chamam de enfrentamento: “encarar” o problema e vencê-lo. Há casos em que os terapeutas acompanham seus pacientes nos locais em que o medo acontece. “Mas no caso de medo de avião, isso pode se tornar caro para o paciente”, reflete o médico.

Podem haver situações em que somente um calmante vai resolver o temor de viajar de avião. O indivíduo toma um medicamento e relaxa ou até mesmo dorme durante o trajeto, e não há maiores problemas.

A terapia está focada em controlar o medo, segundo Uchida, mas há casos em que uma fobia acontece de maneira isolada. Um quadro de depressão ou estresse pós-traumático, pode levar a algum tipo de fobia.

Porém, isso só pode ser avaliado em consultório. Daí a importância de buscar ajuda especializada diante da constatação de qualquer alteração. “Não há nada melhor para o ser humano do que a possibilidade de se conhecer, se auto-observar. Essa é a grande contribuição da terapia”, conclui Uchida.

 

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