Saúde Mental

Como lidar com a solidão nos dias de hoje

Por Rafaela Monteiro 01/10/2013

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) a  população do planeta Terra atingiu 7,2 bilhões de pessoas em 2013. O mundo está cada vez mais populoso e paradoxalmente as pessoas estão cada vez mais solitárias. Como isso se explica? O que podemos fazer diante da solidão?  Como estabelecer relações saudáveis com quem está ao nosso lado?

 

Individualismo hoje

Vivemos numa sociedade extremamente individualista, onde as pessoas vivem em seu mundo privado, cada vez mais isoladas. Perdemos a noção de divisão, de vida em comunidade, e estamos cada vez mais individualistas e sós. Porém, vários autores em psicologia enfocam o homem enquanto ser relacional, pontuando sua necessidade de estar com o outro e se nutrir de suas relações interpessoais. Deve ser por isso que estamos cada vez mais doentes, pois diante de tanto isolamento não conseguimos nos nutrir o suficiente para que nossa saúde emocional  fique bem e consequentemente nosso corpo não reclame através de doenças e sintomas que constantemente aparacerem em nossa vida. Com certeza nossos sintomas e nossas doenças sempre tem algo a nos dizer, a nos sinalizar, a nos gritar! Já dizia Freud que quando algo não é elaborado a nível das emoções é mandado para o corpo, pois é mais fácil tratar de uma gastrite, de uma dor de cabeça, de uma úlcera ou de uma gripe, do que de uma mágoa, um rancor, uma briga, uma perda ou um coração ferido…

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O que fazer?

Seguimos nossa solidão, sem ouvir os sinais do nosso corpo, vamos para longe dos outros seres ditos humanos como nós, iludidos diante da possibilidade de estarmos protegidos quando isolados. Iludidos diante da ideia de que isso pode nos trazer algum tipo de felicidade ou prazer. O outro se transformou em uma espécie de perigo, perigo do qual precisamos fugir para nos proteger. O fato é que não sabemos que isso é um ciclo sem fim que não nos leva a nenhum lugar seguro. O que nos resta é tentar parar para ouvir, ouvir os sinais do nosso corpo, ouvir as pessoas ao nosso redor, ouvir a nós mesmos… quem sabe assim conseguimos ficar, parar, respirar, e nos relacionar melhor com quem está a nossa volta.