Pensamos que nós enquanto seres humanos racionais e livres temos livre arbítrio, direito de ir e vir, poder de escolher, e de seguir determinado caminho. Contudo, embora não tenhamos total autonomia nesta escolha, não somos seres passivos, simples receptáculos, agimos e reagimos no mundo, e assim modificamos a ele e a nós mesmos.
O que nos constitui como sujeitos?
Pensamos sobre o que nos constitui como seres únicos, como sujeitos, como pessoas. e refletimos sobre o que pode cooperar para a construção de quem somos o que ou quem pode de certa forma influenciar nossa vida e fazer-nos chegar aonde chegamos.
O que do nosso passado, da nossa família, da sociedade, do biológico, do código genético, nos faz ser nós mesmos? O que contribui para nossos gostos, preferências, maneiras de se portar ou agir, forma de falar, profissão escolhida, opções por relacionamentos, dentre outros. O que nos constitui enquanto homens e sujeitos?
Escolhemos dada direção, dados comportamentos onde manifestamos diferentes formas de ser e a questão mais importante é o que pode nos permear e até mesmo nos influenciar de tal forma a afetar-nos nesse sentido, influenciando nossos gostos, crenças e valores.
Tradição da filosofia e ciências humanas
Para a tradição da filosofia e das ciências humanas, o sujeito é algo do domínio de uma suposta natureza humana. No entanto, acredito na fala de Guattari que diz que o ser humano é acima de tudo um ser social que se constitui na relação com o(s) outro(s), que se encontra imerso na sociedade e que, por sua vez, influenciará em seu modo de ser no mundo.
Muitos são os fatores que perpassam os sujeitos e constroem formas de pensar; e diante da visão de homem como um ser inserido no meio social, se constituindo e sendo influenciado por e em meio a este, observamos um “sujeito” que se constrói e se modifica nesse espaço social, e com todas as suas particularidades recebe deste último o necessário para regular e firmar sua identidade, sua maneira de ser. E assim, vamos nos constituindo a cada dia…
