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Nomofobia:o vício do celular

Por Redação Doutíssima 12/12/2013

Novas tecnologias estão surgindo em toda parte o tempo todo,tão onipresente e indispensável que elas deixam alguns de nós paralisado de medo só de pensar em ficar sem os nossos celulares.E a nomofobia,a ansiedade de estar sem o seu celular, só vai aumentar.

Você checa seu telefone milhares de vezes por dia,cada vez que a luz de mensagem acende…e se você perder uma mensagem ou uma chamada importante?Você leva seu telefone não importa aonde você for, mesmo no banheiro?Você começa a suar frio só de pensar na possibilidade da bateria acabar ou esquecer o telefone?Se sim, está quase certo que você sofre da nomofobia.

Nomofobia

O que é a nomofobia?

O termo nomofobia vem do inglês, da frase “no mobile phone”, apareceu no Reino Unido em 2008 quando foram publicados os resultados de um estudo feito com mais de duas mil pessoas, sobre a  relação entre um celular e seu usuário.Nessa pesquisa,53% dos britânicos disseram que ficam ansiosos quando não estão com o telefone.Do outro lado do canal da mancha,alguns anos depois,um estudo demonstrou que 22% dos franceses não conseguiam sobreviver à jornada inteira sem o seus aparelhos.

Enquanto a nomofobia pode ser descrita como um tipo de ansiedade,stress  e nervosismo quando você se encontra sem o telefone celular ou quando fica sem conectividade,para Catherine Lejealle,socióloga e engenheira de telecomunicações diz que “os termos vício e fobia não podem ser empregados nesse caso.Você não pode considerar nomofobia como um transtorno pois ela não leva a nenhum sofrimento físico quando você não tem o que você precisa.É melhor descrevê-la como ansiedade.”

Ansiedade que muitas pessoas justificam sofrer pelo medo de serem cortados da vida social e de pessoas queridas, mas não se esqueça que com essa invasão dos smartphones,o celular está se tornando algo muito mais do que um meio de contato.

O papel do celular na sociedade

“No passado as pessoas tinham medo de perder as chaves ou a carteira.Hoje em dia,esse medo foi transportado para o celular,que  abrange tantos aspectos do nosso dia a dia” explica a socióloga.Os celulares modernos carregam nosso diário,endereços,fotos,músicas e mensagens de textos organizadas em conversações.”Agora existe muito valor sentimental anexado aos celulares” acrescenta a especialista e pouco a pouco um simples telefone se torna um estilo de vida essencial que não sai dos nossos lados.”É o canivete suíço da modernidade”, ilustra Phil Marso,fundador da “Jornada mundial sem celular”, uma iniciativa que começou em 2011.”Nós temos toda uma vida ligada ao celular então quando perdemos-o, perdemos muito mais do que um telefone.Essa é a raíz da ansiedade.”

nomofobia

Por um lado,a onipresença do telefone em nossas vidas tem seus limites, de acordo com os nossos dois especialistas”Com o telefone,tudo se torna urgente”diz Catherine Lejealle e Phil Marso acrescenta que “ele coloca uma pressão social adicional sobre o indivíduo,especialmente tratando-se de trabalho.Um celular do trabalho pode interferir muito na vida privada de alguém.Você se torna disponível a qualquer momento e você tem que responder.”

Para certificar que você não está rendendo-se a esse vício moderno,você só precisa limitar o seu uso diário do aparelho celular.Nós não devemos nos tornar