Unhas

Mito ou verdade: alimentação altera as unhas?

Por Redação Doutíssima 08/01/2014

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Com certeza você já ouviu por ai que os alimentos interferem na saúde das unhas provocando alterações. Será mesmo que isso é verdade? Vamos conferir, mas antes entenda como é a unha.

Como se sabe, o aparelho ungueal é formado pela placa ungueal ou lâmina ungueal, (que seria a unha propriamente dita) e a pele ao redor. A parte que fica embaixo da unha é o leito ungueal e a pele que recobre o contorno das unhas são as dobras ungueais laterais e proximal.  A dobra proximal é a pele que termina onde começa a cutícula. 

A cutícula é como se fosse um selo que impede a entrada de microrganismos ou agentes infecciosos na região da produção da unha. Quando traumas nessa região acontecem, temos alterações na formação da lâmina, como o surgimento de manchas brancas e ondulações de sua superfície.

Como é formado a unha?

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A unha é formada por uma proteína: a queratina. A maior parte é do tipo queratina dura (80-90%), semelhante à queratina dos cabelos e o restante é formado por queratina mole, que é a queratina que está presente no restante da pele. O estado de hidratação das unhas (ou seja: a porcentagem de água) também contribui para a consistência delas. Unhas com menos de 16% são quebradiças e esfarelam. Unhas com mais de 25% de água tornam-se amolecidas.

Mito ou verdade?

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Vamos dizer que seja verdade.

As alterações que vemos nas unhas têm mais a ver com os hábitos, como manipulação de produtos químicos, exposição constante à água, traumas repetidos em hobbies e profissões (violinistas, tecladistas, cozinheiros) do que com o estado nutricional do indivíduo.

Mas, não podemos descartar essa possibilidade, pois alguns estudos dizem que o alimentos podem sim ser um fator que podem contribuir com as alterações ungueais (A síndrome das unhas frágeis, caracterizada por unhas quebradiças que descamam horizontalmente ou longitudinalmente, é uma exceção pois já existem trabalhos a respeito).

Já se sabe que grande parte desse problema é causada por hábitos, da mesma forma como já foi citado anteriormente, porém essa é uma condição que responde brilhantemente com suplementação de vitaminas, como a biotina.

Como causas de deficiência de biotina, temos:

  • ingestão insuficiente de alimentos que a contêm (nozes, levedo e gérmen de trigo),
  • consumo de claras cruas (devido à presença de avidina, que impede a absorção da biotina),
  • distúrbios do trato gastrintestinal como síndromes de má absorção
  • alteração da flora intestinal após uso de antibióticos ou anticonvulsivantes.

 

Porém, mesmo nestes casos, como na síndrome das unhas frágeis, é possível que a suplementação nutricional seja eficiente, uma vez que a introdução da biotina pode levar a uma melhora destes quadros.