Saúde Mental

Mídias sociais: 3 conselhos que os pais precisam saber

Por Redação Doutíssima 09/01/2014

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Quer você esteja twittando ou compartilhando seus pensamentos diários no Facebook ou não, precisa reconhecer o seguinte: interagir com os amigos on-line é algo presente na vida de seus filhos.

“Essas conexões são realmente essenciais para a vida social das crianças de hoje”, afirma Caroline Knorr, editora de educação parental da Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos que ajuda as famílias a navegar pelo mundo dos meios de comunicação e tecnologia.

Além dos benefícios, também há riscos. E é aí que você entra!

“É responsabilidade dos pais controlar a tecnologia”, afirma Shawn Marie Edgington, autora do livro The Parent’s Guide to Texting, Facebook and Social Media.

Primeiros passos

O Facebook, Instagram eTwitter exigem que as crianças tenham pelo menos 13 anos de idade para participar. Isso se deve à “Lei de Proteção da Privacidade On-line de Crianças”, que limita o levantamento de informações pessoais sobre crianças menores de 13 anos pelas empresas”.

Algumas crianças menores de 13 anos conseguem contornar esses limites de idade falsificando a sua data de nascimento e criando uma conta, quer seus pais saibam disso ou não.

“Os pais precisam perguntar regularmente a seus filhos, ‘Você possui uma conta no Facebook? E os seus amigos?’”, afirma Edgington. Ela recomenda que quando você compra um telefone celular para o seu filho, uma das condições seja que ele não tenha uma conta no Facebook, Twitter ou Instagram até ter 13 anos de idade e você aprová-la.

Se você está tentado a abrir uma exceção para os seus filhos, talvez valha a pena considerar a mensagem que está enviando se lhes permitir quebrar as regras ao mentir, no que tange a se eles são maduros o suficiente para se comportar de maneira segura e responsável, e sobre o que você fará para monitorar as suas atividades (como as “amizades” deles).

Após o seu filho atingir a idade permitida e tiver a sua permissão, sente-se junto com ele para configurar a conta. Utilize todas as restrições de privacidade disponíveis e não forneça informações desnecessárias, como números de telefone celular, afirma Knorr.

Esse também é um bom momento para falar sobre o que não publicar, como o seu endereço residencial, a localização do seu filho, e quaisquer imagens inadequadas (incluindo aquelas que possuem “geolocalização”, fornecendo a localização do seu filho.)

Procure instruí-lo a nunca “aceitar como amigo” alguém que ele não conheça e nunca compartilhar sua senha, afirma Edgington. Diga a ele que pode procurá-lo se acontecer alguma coisa on-line que o deixe desconfortável.

Defina as regras básicas

Elabore um contrato para o seu filho sobre como ele deve se comportar nas mídias sociais. Defina as consequências: “Se você tirar o telefone celular de um jovem de 16 anos, isso é pior do que tirar o carro dele”, afirma Edgington.

Lembre o seu filho de que as regras sociais se aplicam on-line, afirma Knorr.

Explique que se trata de saber como ele deseja ser retratado para o mundo, e que uma vez que algo está on-line, é difícil apagá-lo. “Tudo o que o seu filho publica refere-se à sua imagem e marca, porque estará lá para sempre”, diz Edgington. As universidades e empregadores consultam os sites de redes sociais e fazem buscas no Google sobre os candidatos.

Embora o conceito de consequências de longo prazo pode não soar nenhum alerta no seu filho imediatamente, continue reforçando-o.

Verifique a conta do seu filho e veja o que ele está fazendo: o que está publicando, quem são seus amigos e quem ele está seguindo.

Descobrir como fazer isso pode ser uma questão delicada. Quando o seu filho tem 13 anos, você pode insistir em ter a sua senha, diz Edgington. No entanto, um adolescente mais velho pode ver isso como uma invasão de sua privacidade. Ainda assim, você é o pai.

Se você é “amigo” do seu filho no Facebook, pode ficar de olho no que está acontecendo, mas verifique com ele se isso é aceitável antes de obter sua amizade (e prometa nunca publicar na sua página). Esteja ciente de que isso pode lhe dar uma falsa sensação de segurança, uma vez que a maioria dos adolescentes sabe como impedir os pais de ver o que eles não querem que eles vejam.

Alguns adolescentes que sabem que os seus pais estão monitorando-os criam uma conta alternativa. Se você não vê muita atividade ou muitos amigos na sua página, esse pode ser o caso. Configure um alerta no Google com o nome do seu filho, de maneira que se qualquer coisa sobre ele for publicado na Internet, você tomará conhecimento imediatamente, afirma Edgington.

“Você é o melhor juiz do seu filho”, diz Knorr. “Se você acha que tem um filho que possui comportamentos de risco e que não pode confiar nele, terá que policiar suas atividades on-line mais de perto”.

Evite o uso excessivo

As mídias sociais podem consumir muito tempo e energia.

Se o seu filho começar a se estressar sobre quantas vezes as suas fotos ou publicações são curtidas ou retweetadas, é hora de você entrar em cena “Você quer criar um filho que sente que possui uma autoestima interna” que vai além disso, afirma Knorr.

Há momentos em que escrever mensagens de texto ou verificar o Facebook simplesmente não é apropriado, como durante jantares de família, encontros pessoais com parentes, na hora de dormir e durante a aula. Certamente, enviar mensagens de texto ou estar on-line enquanto você dirige está totalmente fora dos limites, por razões de segurança.

Monitore também o seu próprio comportamento. “Comece com o seu próprio uso como pai”, afirma Knorr. “Diga: ‘Estou deixando o celular de lado na hora do jantar porque é assim que fazemos na nossa família. Quando encontramos alguém, temos que fazer contato visual’. É importante que as crianças aprendam a socializar adequadamente e estar no mundo sem o estímulo do ambiente on-line”.