Clínica Geral

9 Exames médicos que toda mulher precisa fazer: saiba como interpretá-los

Por Redação Fortíssima 10/01/2014

481935992008234183_mega

Todo mundo já passou por uma bateria de exames. Mas como decifrar aquelas abreviações de aparência estranha e números confusos revelam muito sobre sua saúde – se você sabe como avaliar os exames médicos

“Tudo parece estar bem.” É uma frase que inúmeras mulheres ouvem de seus médicos depois de receber os resultados do exame de sangue de rotina. Reconfortante, com certeza. Esclarecedor? Não muito. E, ao passo que você deve ouvir a avaliação do seu médico, aprender a decifrar essas misteriosas impressões pode fornecer uma compreensão surpreendente a respeito de seu bem-estar e pode ajudar a detectar – e trabalhar para eliminar – possíveis problemas. Os resultados são tão esclarecedores que nos exames médicos deve ser o número um na lista das mulheres que pretendem ficar saudáveis.

Glicose. Os carboidratos que você ingere são convertidos em glicose, um tipo de açúcar que seu corpo usa como combustível. Ele é essencial para a vida, mas o seu excesso em longo prazo pode indicar diabetes ou levar à doença cardíaca ou renal. (Pode até levar ao encolhimento do cérebro!) Estresse e falta de sono podem desregular a glicose, mas uma dieta repleta de açúcar e carboidratos refinados é muitas vezes o pior criminoso. Qualquer valor na faixa de 70 a 100 mg/dL é considerado normal, mas cerca de 80 é o ideal, diz um especialista em saúde preventiva.

Creatinina com TFG. Embora existam dois principais exames dos rins – creatinina e nitrogênio uréico – preste mais atenção a los exames médicos mais sensível. Ela mede um resíduo muscular que é tipicamente processado pelos rins. Uma baixa TFG (ou, no jargão da ciência, a taxa de filtração glomerular) sugere que os rins não estão funcionando tão bem quanto deveriam estar. Fique dentro de sua faixa, jamais chegando perto de cigarros e não tomando medicamentos anti-inflamatórios em excesso.
Fosfatase Alcalina, Ast, Alt. O fígado mantém o seu sangue limpo e ajuda a transformar alimentos em energia. Esses exames medem o quão bem ele realiza as duas funções, e é crucial se manter dentro da faixa: Existem mais de 100 doenças do fígado, e até mesmo problemas menos graves ainda podem causar náuseas ou dor abdominal. Se seus números estiverem um pouco altos, pode ser que você esteja exagerando no consumo de álcool. Atenha-se ao limite de um drinque por dia. E coma muitos alimentos que protegem o fígado, como abacate e gengibre.

Colesterol. Estas seis linhas formam uma imagem clara do seu colesterol, uma substância gordurosa que pode se acumular e obstruir as artérias ou, eventualmente, desencadear uma doença cardíaca ou um derrame. Mas não se trata apenas de más notícias. O HDL (ou colesterol “bom”) ajuda a eliminar o LDL (ou colesterol “ruim”), o que significa que você jamais pode ter HDL em excesso (buscando pelo menos 60mg/dL).

Confuso? Concentre-se em sua proporção colesterol/HDL. Simplificando: Quanto menor, menor o risco de uma doença cardíaca (três ou abaixo é o ideal). Ajude a baixar seus níveis fazendo exercícios aeróbicos regulares, evitando gorduras saturadas, comendo alimentos ricos em fibras, como lentilhas e amêndoas, e ingerindo ácidos graxos ômega-3 em abundância através de salmão e linhaça.
Proteína C Reativa (PCR). PCR elevada é um indicador de inflamação no corpo, mas, uma vez que a inflamação é parte de como o sistema imunológico combate a infecção, picos de PCR de curto prazo podem ser totalmente normais. No entanto, se você tiver níveis consistentemente elevados, algo que pode estar seriamente errado: Um estudo demonstrou que a PCR é um melhor preditor de problemas cardíacos do que os níveis de colesterol. Mantenha seus níveis de PCR mínimo mediante a ingestão de alimentos anti-inflamatórios, como cerejas, aveia e camarão. Praticar ioga e meditação também pode ajudar a diminuir a PCR.

1012225_148318888695698_403758716_n

Ferro, Soro. Falta de energia? Você pode estar com deficiência de ferro. Esse mineral ajuda a transportar oxigênio para o cérebro, que utiliza o O2 para produzir neurotransmissores que controlam o humor. Níveis abaixo do normal são comuns em mulheres jovens, que perdem ferro quando menstruam. Alimentos como ovos e espinafre podem ajudar a repor esse ferro perdido. Se o seu nível sérico de ferro for inferior a 70 ug/dL, peça ao seu médico para solicitar um exame mais sensível, chamado ferritina sérica; ela mede a quantidade de ferro armazenado nos tecidos do seu corpo, e não apenas em seu sangue. Se ajustar a sua dieta não ajudá-la a se manter na faixa normal, peça um suplemento ao seu médico, apenas tome cuidado: Ferro demais pode ser tóxico.

Hemograma Completo (CBC). É o grito corriqueiro no seriado médico exibido na TV: “Preciso de um hemograma, urgente!” Considerado como um todo, com diferencial, esse exame – composto por 10 a 15 leituras separadas – proporciona aos médicos uma visão de sua saúde como um todo. Tomado por partes, ele pode dar sugestões sobre questões mais específicas. Por exemplo, baixa RBC, ou contagem de glóbulos vermelhos no sangue, pode indicar anemia. Alta WBC, ou contagem de glóbulos brancos, pode significar que você está sofrendo de estresse grave. E baixos nível de plaquetas pode explicar por que você sangra mais do que o normal ou se contunde facilmente (plaquetas são agentes de coagulação sanguínea). A melhor maneira de obter bons resultados em um hemograma completo é fazer exercícios regularmente, comer bem, jamais fumar, e dormir muito bem.

Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH). O TSH ajuda a regular a sua tireoide, a qual, por sua vez, mantém o seu metabolismo em movimento (o que é crucial para o controle de peso e energia). Os especialistas discordam sobre o nível de TSH ideal, porém, sugerem que entre 0,35 e 3 ulU/mL é mais saudável. Níveis baixos podem se traduzir em ansiedade ou perda de peso; níveis altos podem levar à fadiga, à depressão ou ao ganho de peso. Quando identificadas no início, ambas as condições (hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente), geralmente, podem ser tratadas com medicamentos. Alimentos que contêm iodo – como algas marinhas, feijão, e crustáceos – podem ajudar a aumentar a função da tireoide.

Vitamina D. Este teste nem sempre é incluído em um exame de sangue de rotina, mas deveria ser. Níveis de Vitamina D muito altos são tóxicos (embora bastaste raros). Níveis de Vitamina D muito baixos pode fazer com que você se sinta sem energia e dolorida, pois eles podem estar relacionados a condições mais graves, como a osteoporose. A deficiência não é incomum, mas a única maneira de saber se você precisa de mais Vitamina D – através de alimentos, suplementos ou exposição limitada ao sol – é fazer esse teste.

* Os valores podem variar dependendo de sua idade, gênero, raça e do laboratório que realizar os testes. Todos os resultados anormais devem ser discutidos com o seu médico.