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Vitaminas e suplementos: 10 Perigos que podem surpreendê-lo

Por Redação Doutíssima 17/01/2014

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Mais da metade dos norte-americanos adultos tomam vitaminas, minerais, ervas ou outros suplementos nutricionais. Alguns desses produtos não são essencialmente úteis, mas, por outro lado, não assuma que são seguros porque são “totalmente naturais”. Para dizer a verdade, esse nem sempre é o caso. Segue uma lista com 10 perigos que levantamos a partir de entrevistas com especialistas, pesquisas publicadas e análises de relatórios de eventos adversos graves encaminhados ao FDA, obtidos por meio de uma solicitação nos termos da Lei de Liberdade de Informações. Lei e fique atenta.

Perigos das vitaminas e suplementos

1. Os suplementos não estão isentos de riscos.

Mais de 6.300 notificações de eventos adversos sérios associados com suplementos alimentares, incluindo vitaminas e ervas, foram encaminhados ao FDA por empresas fabricantes de suplementos, consumidores, profissionais da área de saúde e prestadores de serviços. Os relatórios por si só não provam que os suplementos causaram os problemas, mas os números brutos são motivo de alguma preocupação. Os sintomas incluíam sinais de problemas no coração, rim, ou fígado, reações alérgicas, fadiga, náuseas, dores e vômitos.

Os relatórios descreveram mais de 10.300 resultados sérios (alguns incluíram mais de um), incluindo 115 óbitos e mais de 2.100 internações, 1.000 com ferimentos ou doenças graves, 900 atendimentos no PS e cerca de 4.000 outros eventos médicos importantes.

O FDA recebe muito mais relatórios sobre problemas sérios com medicamentos vendidos sob prescrição médica do que acerca de suplementos. Mas há uma grande diferença entre os dois. “Esses medicamentos poderosos, com efeitos colaterais sérios, realmente salvam vidas quando utilizados de maneira adequada”, dizem a respeito dos medicamentos vendidos sob prescrição médica. “Mas, quando consumidores saudáveis usam suplementos, ocorre raramente, ou nunca, um efeito salvador poderoso.”

O FDA suspeita que a maioria dos problemas relacionados a suplementos jamais chega ao seu conhecimento. Mas aqueles que chegam ainda assim são úteis, pois eles podem sinalizar um problema em desenvolvimento. Por exemplo, no ano passado, foram observados sete relatos de graves problemas de saúde com relação a consumidores que ingeriram a solução vitamínica Soladek, comercializada pela Indo Pharma, da República Dominicana. Quando o FDA descobriu que as amostras testadas continham vitaminas A e D em concentrações muito acima das doses diárias recomendadas, foi emitido um alerta ao consumidor.

Por que não, simplesmente, retirar do mercado um produto com problemas? As leis atuais tornam isso tão difícil para o FDA que, até o momento, baniu apenas um ingrediente, alcaloides de efedrina. Esse esforço se arrastou por uma década, durante a qual produtos emagrecedores à base de efedrina causaram milhares de eventos adversos, incluindo óbitos.

Proteja-se. Digite o nome do suplemento no qual você está interessado na caixa de pesquisa para verificar se ele está sujeito a avisos, alertas ou recalls voluntários. Informe seu médico se você suspeitar que está tendo uma reação ruim a um suplemento.

2. Alguns suplementos são realmente medicamentos vendidos sob prescrição médica.

Suplementos alimentares enriquecidos com medicamentos vendidos sob prescrição médica são “a maior ameaça” à segurança do consumidor. Desde 2008, houve recalls de mais de 400 produtos como esses, principalmente os comercializados para fisiculturismo, aumento do desempenho sexual e perda de peso, segundo a FDA.

Temos visto muitos produtos que continham os mesmos princípios ativos ou princípios ativos semelhantes aos de medicamentos vendidos sob prescrição médica serem recolhidos, tais como sildenafil (Viagra), tadalafil (Cialis) e sibutramina (Meridia, um medicamento para perda de peso que foi retirado do mercado em 2010 por causa de evidências de que ele aumentaria o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Outros continham esteroides sintéticos.

Esses produtos adulterados podem causar alguns dos mesmos efeitos colaterais e interações medicamentosas que os consumidores podem ter tentado evitar ao optar por suplementos em vez de medicamentos vendidos sob prescrição médica. A FDA recebeu relatos de acidente vascular cerebral, lesão hepática aguda, insuficiência renal, embolia pulmonar (coágulos de sangue no pulmão) e morte associada à suplementos contendo medicamentos em mau estado de conservação.

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“Diversos produtos enriquecidos para melhorar o desempenho sexual alegam fazer efeito de 20 a 45 minutos”. “Quando vemos um produto fazer as afirmações acima e além do que um suplemento alimentar poderia fazer – além de trazer benefícios à saúde – e dentro de um prazo de poucos minutos, isso nos dá sinais de que pode ser um produto enriquecido.”

Proteja-se. Emagreça com dieta e exercício. Desenvolva seus músculos treinando musculação. E consulte um médico se você precisar de ajuda no quarto, uma vez que isso pode indicar um problema de saúde subjacente.

3. Você pode ter uma overdose de vitaminas e minerais.

A menos que o seu médico diga que você precisa de mais de 100% da ingestão diária recomendada de um determinado nutriente, você provavelmente não precisa.

“Não faz sentido, para mim, ingerir grandes doses de vitaminas e minerais a menos que haja um problema diagnosticado, porque há pouca evidência de que isso possa fazer bem e, às vezes, é possível que eles possam fazer mal.

  • Megadoses de vitaminas A, D, E e K lipossolúveis podem causar problemas, e, algumas delas podem, até mesmo, começar a interferir em determinados medicamentos vendidos sob prescrição médica. Algumas pessoas podem apresentar efeitos adversos devido ao excesso de cálcio ou ferro.

É pouco provável que a ingestão máxima diária de nutrientes essenciais que o Instituto de Medicina determinou é improvável que represente um risco de efeitos adversos à saúde. (Os números se aplicam à população em geral, e não àqueles que podem precisar de suplementação devido uma condição médica.)

É surpreendentemente fácil exagerar. Por exemplo, uma mulher de 50 e poucos anos que está preocupada com seus ossos pode fazer uma pequena refeição de cereais integrais, que contém cerca de 1.000 miligramas de cálcio por porção, com meia xícara de leite desnatado (150 miligramas de cálcio), e ingerir um suplemento de cálcio (500 mg) juntamente com um polivitamínico diário formulado para a menopausa, que inclui 300 miligramas de cálcio. Ela já estaria chegando perto do limite diário máximo tolerável de 2.000 miligramas de cálcio.

Proteja-se. Ao consultar as informações nos rótulos dos suplementos e alimentos que consumimos com frequência, some a sua exposição diária total a tudo, e, em seguida, verifique a tabela para ver se você está exagerando. Se o seu médico disser que você precisa de mais de um nutriente específico, o qual você pode obter a partir de alimentos (ou exposição ao sol, no caso da vitamina D), uma pílula com um único ingrediente pode ser suficiente.

4. Você não pode depender de rótulos de advertência.

Por um lado, a FDA não obrigar a presença deles nos suplementos. Mas há uma exceção: Suplementos que contenham ferro deve trazer um alerta sobre superdosagem acidental e envenenamento fatal em crianças.

Mas os fabricantes de suplementos podem fazer constar rótulos de advertência, se desejarem. Fomos às compras para verificar quais advertências, se houvesse, iríamos encontrar nos rótulos de 14 variedades de suplementos. Depois de verificar 233 produtos, todos comprados on-line ou em lojas na área metropolitana de Nova York, podemos relatar que a única coisa consistente com relação ao rótulo é a falta de consistência.

Primeiro, as boas notícias: 100% das 15 marcas que compramos que continham ferro apresentavam a advertência necessária.

Dos 233 rótulos que examinamos, a maioria incluída apenas uma advertência geral, como aquelas sobre não utilizar o produto durante a gravidez ou amamentação, ou sobre possíveis interações medicamentosas não especificadas. Mas advertências específicas eram mais raras. 40% dos rótulos alertavam as pessoas com relação a tomar os suplementos se apresentassem uma condição médica, mas apenas alguns citavam alguma doença, como um distúrbio hemorrágico; 36% alertavam contra possíveis reações adversas, mas apenas 13% alertavam contra possíveis interações com uma droga ou um tipo de específica.

Cinco de nossas 20 amostras de 5-HTP, um suplemento para o sono e para a disposição, trazem alertas sobre uma possível interação com medicamentos para a doença de Parkinson.

Embora seja conhecido que a Erva de St. John pode reduzir a eficácia de certos medicamentos, incluindo pílulas anticoncepcionais e diluentes do sangue, como a varfarina (Coumadin), apenas duas das 17 amostras que nós compramos alertavam explicitamente sobre esses perigos. O Ginkgo biloba também pode interferir com diluentes do sangue, mas nós vimos uma advertência sobre essa possível interação em apenas um frasco de ginkgo.

“Algumas empresas têm cautela em excesso, e isso, certamente, é direito delas.” “Outras empresas dizem: – ‘Sabe o que é, eu não vou fazer advertências com relação a algo que seja possível de acontecer que eu não acredito que venha a ser séria preocupação para os meus consumidores’.”

Proteja-se. Certifique-se de que seu médico ou farmacêutico sabe quais suplementos e medicamentos você está tomando ou pensando em tomar.

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5. Não é comprovado que nenhum deles possa curar doenças graves.

Se você estiver pesquisando suplementos alimentares na Internet e encontrar um site alegando que seus produtos podem diagnosticar, curar, atenuar, tratar ou prevenir uma enfermidade, navegue para outro site. Tais afirmações estão fora da abrangência dos suplementos. De acordo com a FDA, “Nós gostaríamos de ver o fim desse tipo de coisa”. “Elas são uma ameaça direta à saúde pública.” Desde 2007, a agência enviou dezenas de cartas de advertência às empresas solicitando para pararem de fazer esse tipo de alegação sobre os seus suplementos.

No início deste ano, por exemplo, a FDA enviou uma carta de advertência à BioAnue Laboratórios de Rochelle, Geórgia, quando estas e outras declarações foram disponibilizadas em sites da Web: “A fórmula CX irá reduzir os desperdícios acarretados com a doença,” e “cartilagem bovina interrompe o crescimento do tumor.” (A FDA disse que ainda está analisando a resposta da empresa. O presidente da BioAnue Laboratories nos disse que “[o produto] está em conformidade com todas as leis norte-americanas.”

Ao longo da última década, o parceiro regulatório da FDA, o Comitê Federal de Comércio, que monitora a publicidade dos suplementos alimentares, entrou com mais de 100 recursos legais para contestar a eficácia de suplementos.

Proteja-se. Efetue pesquisas sobre os suplementos em sites governamentais confiáveis.

 

6. Compre com cautela em lojas de medicamentos fitoterápicos.

Essas lojas, que vendem plantas medicinais tradicionais e outros artefatos para a cura física e espiritual, são uma presença apreciada em bairros hispânicos em muitos locais nos Estados Unidos.

O repórter pediu sugestões sobre como tratar diabetes tipo 2, pressão alta e impotência, condições que possuem tratamentos eficazes por meio de medicamentos convencionais. Os curandeiros ofereceram uma variedade de instruções e ervas, mas nenhum forneceu de modo espontâneo fatos relevantes sobre os possíveis efeitos colaterais ou riscos de interações que poderiam ocorrer quando uma erva fosse tomada juntamente com uma medicação. E quando nós trouxemos as ervas de volta ao escritório e pesquisamos evidências científicas, descobrimos que faltavam pesquisas conclusivas sobre a eficácia e seguranças de todas elas.

A investigação nos deixou preocupados com a qualidade dos produtos e a forma como são identificados nas lojas. E os especialistas consultados sugeriram que a cadeia de abastecimento usada por algumas das lojas pode não seguir os melhores padrões do setor.

“Esses mercados não devem ser destacados, mas eles também não devem ficar isentos de se conformar com os mesmos padrões exigidos por outros fornecedores de ervas e suplementos alimentares”.

Proteja-se. Consulte seu médico antes de tomar ervas tradicionais, e certifique-se de que você sabe quais são e qual a procedência delas. Se os cuidados tradicionais com a saúde forem importantes para você, avalie a possibilidade de procurar um médico integrativo, como Low Dog, que combina cuidados médicos convencionais com métodos holísticos e tradicionais.

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7. Proteção contra problemas no coração e contra o câncer: não comprovada.

  • Comprimidos de Omega-3 e antioxidantes são amplamente conhecidos como redutores do risco de doenças cardíacas e câncer, respectivamente, e milhões de mulheres ingerem cálcio para proteger seus ossos. Mas evidências recentes lançam dúvidas sobre se o fato de esses suplementos serem tão seguros ou eficazes quanto se supõe.
  • Cálcio. O golpe mais recente contra os suplementos de cálcio foi um relatório elaborado por pesquisadores alemães e suíços que acompanharam quase 24.000 adultos por cerca de 11 anos. Eles descobriram que os usuários regulares de suplementos de cálcio. [SIC] Por outro lado, houve uma redução estatisticamente significativa de 30% no risco de ataque cardíaco entre os adultos com uma ingestão de cálcio moderada alta proveniente dos próprios alimentos.

Por que a disparidade? Os pesquisadores teorizaram que os suplementos podem causar picos rápidos nos níveis de cálcio no sangue, o que tem sido associado a níveis lipídicos de risco, caso em que, provavelmente, o cálcio presente nos alimentos seja absorvido mais lentamente. Obtenha cálcio a partir derivados do leite, vegetais de folhas verdes e peixes com ossos comestíveis, tais como sardinhas.

  • Óleo de peixe com Ômega 3. A opinião generalizada de que pílulas de óleo de peixe ajudam a prevenir doenças cardiovasculares se deparou com um problema quando um estudo com 12.500 pessoas com diabetes ou pré-diabetes e um alto risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral não encontrou nenhuma diferença na taxa de mortalidade causada por doença cardiovascular ou outros resultados entre aqueles que receberam uma pílula de óleo de peixe de 1 grama todos os dias e aqueles que receberam placebo. Mas os resultados podem ser encobertos pelo fato de que os participantes já estavam tomando outro medicamento para o coração. A maioria das pessoas pode obter Ômega 3 suficiente comendo peixe gordo pelo menos duas vezes por semana. A American Heart Association [Associação Norte-Americana de Cardiologia] diz que as pessoas que possuem doença arterial coronariana podem querer conversar com seu médico sobre a suplementação de Ômega-3.
  • Antioxidantes. Além de reduzir o risco de câncer, como muitas pessoas acreditam, altas doses de alguns suplementos antioxidantes podem, na verdade, aumentá-lo, sugerem as evidências.

Com base nas evidências atuais, foi descoberto que as vitaminas C e E não protegem as pessoas contra o câncer; as vitaminas E, o betacaroteno e a vitamina C não parecem proteger contra desenvolver ou morrer de câncer; o selênio não previne contra o câncer de próstata; e não há nenhuma evidência convincente de que suplementos com betacaroteno ou vitamina A, C ou E previnam contra cânceres gastrointestinais. O que é ainda pior, os pesquisadores escreveram: “Alguns estudos clínicos mostram que alguns desses nutrientes antioxidantes podem aumentar o risco de câncer.”

E há outras más notícias, a partir de um estudo com 35.000 homens: A suplementação diária de vitamina E pode aumentar o risco de câncer de próstata entre homens saudáveis.

Os pesquisadores alertaram que as implicações de suas descobertas eram preocupantes, uma vez que mais da metade das pessoas com 60 anos ou mais fazem uso de suplementos contendo vitamina E. Além disso, 23% deles ingerem pelo menos 400 UI por dia, apesar de uma ingestão diária recomendada de apenas 22 UI para homens adultos.

  • Deixe de lado os suplementos antioxidantes e reduza o risco de câncer de forma segura, parando de fumar, evitando beber em excesso e tendo uma dieta saudável, o que inclui muitas frutas, legumes, nozes, vagens e cereais integrais.

 

8. Aposto que você não consegue adivinhar este problema comumente relatado.

Surpreendentemente, asfixia apareceu, com frequência, como um sintoma grave no banco de dados. Foram analisados ​relatórios de problemas encaminhados ao FDA nos últimos cinco anos, com mais de 900 menções. Mas, casos reais de asfixia, em que uma pílula realmente desceu pela traqueia em vez de descer pelo esôfago, provavelmente acontecem com pouca frequência. Isso é uma emergência médica que requer intervenção imediata, como a manobra de Heimlich.

Mais comumente, as pílulas irritam o esôfago, provocando um espasmo muscular, ou ficam fisicamente presas ou descem devagar. “Essa sensação se assemelha à asfixia”, mas não é. Às vezes, tudo o que você precisa fazer é tentar engolir mais uma vez ou beber mais água para fazer a pílula descer.

Proteja-se. Para engolir uma pílula mais facilmente, primeiro tome um gole d’água para umedecer a boca e a garganta. Coloque o comprimido na ponta da língua, tome um gole d’água, incline a cabeça levemente para trás e engula. Em seguida, beba o restante da água para ajudar a fazer a pílula descer pelo esôfago. Pessoas com problemas de deglutição persistente podem mudar para formulações líquidas ou mastigáveis e, provavelmente, também deveriam buscar uma avaliação de um otorrinolaringologista.

9. Alguns produtos “naturais” não são nada naturais.

As vitaminas em pílulas podem ser produzidas sinteticamente, e legalmente, em laboratório. Ingredientes sintéticos são permitidos mesmo em polivitamínicos que ostentam o selo de “Orgânico” do Ministério da Agricultura. Mas a FDA disse que cópias sintéticas de fitoterápicos sequer são consideradas ingredientes de suplementos alimentares.

“Vitaminas podem ser sintéticas porque, por definição, uma vitamina não precisa vir da natureza”. Elas apenas têm que realizar a atividade biológica das vitaminas, considerando que um “fitoterápico” significa que, em algum momento, ele esteve vivo. Em outras palavras, fitoterápicos e seus extratos devem vir de plantas vivas reais, não de um tubo de ensaio.

Em abril de 2012, a agência enviou cartas de advertência a 10 fabricantes e distribuidores de produtos contendo dimetilamilamina (DMAA), muitas vezes apontado como um estimulante natural. A agência afirmou que o ingrediente não apresentava evidências de segurança e advertiu que a DMAA produzida sinteticamente não é, de modo algum, um ingrediente alimentar. (A FDA disse que recebeu e está estudando as respostas das empresas.)

Proteja-se. A FDA não exige que os suplementos sejam submetidos a rigorosos ensaios de segurança e eficácia da maneira como os medicamentos são avaliados. Se você optar por tomar vitaminas, fitoterápicos ou outros suplementos, procure aqueles com a marca “USP Verified” [Verificado de Acordo com a Farmacopeia Norte Americana], o que significa que eles respeitam as normas de qualidade, pureza e potência estabelecidos pela organização sem fins lucrativos Farmacopeia Norte Americana.

10. Pode ser que você nem precise de suplementos.

Se você já está obtendo a quantidade recomendada de nutrientes ao ingerir uma variedade de frutas, legumes, cereais, laticínios e proteína, há pouco ou nenhum benefício adicional ao ingerir suplementos nutricionais. Segue nossa opinião sobre as cinco vitaminas mais vendidas, além de polivitamínicos.

  • Vitamina A. Poucas pessoas nos EUA possuem deficiência total de vitamina A. O retinol, que tem origem animal, como ovos, fígado e leite integral, é mais facilmente absorvido do que o betacaroteno, mas até mesmo os vegetarianos radicais geralmente satisfazem suas necessidades de comer cinco porções diárias de produtos, incluindo vegetais folhosos verdes escuros e frutas cor de laranja e amarelas. Retinol em excesso pode causar defeitos congênitos e anomalias hepáticas, e também pode prejudicar os ossos.
  • Vitamina B. A maioria das pessoas obtém o suficiente por meio de sua dieta. As exceções incluem os vegetarianos, que podem precisar de vitamina B12 adicional, encontrada em alimentos de origem animal; cerca de 10% a 30% das pessoas com mais de 50 anos, que não possuem ácido estomacal suficiente para extrair a vitamina B12 dos alimentos; e mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar, as quais devem ingerir 400 microgramas de ácido fólico por dia para ajudar a prevenir defeitos congênitos.
  • Vitamina C. Existe alguma evidência de que 200 miligramas ou mais de vitamina C por dia pode melhorar os sintomas do resfriado em fumantes e idosos, embora não possa prevenir resfriados. A vitamina C pode aumentar a absorção de ferro, por isso, evite altas doses se você tem hemocromatose, uma doença em que o organismo absorve e armazena ferro em excesso.
  • Vitamina D. Se você se expõe um pouco ao sol do meio-dia durante os meses mais quentes e consume regularmente alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordos, ovos e derivados do leite enriquecidos, você provavelmente não precisa tomar um suplemento. Pessoas de meia-idade ou mais velhos, pessoas acima do peso, ou com pele mais escura, podem precisar de suplementos. Se você estiver insegura com relação a seu status vitamínico referente à vitamina D, peça ao seu médico para realizar um exame de sangue.
  • Vitamina E. Duas análises consideram cerca de 400 UI por dia com um aumento pequeno, mas estatisticamente significativo, na mortalidade. Além disso, a vitamina pode inibir a coagulação sanguínea, de modo que não deve ser ingerida juntamente com diluentes do sangue.
  • Polivitamínicos. Estudos clínicos em grande escala chegaram repetidamente à conclusão de que os polivitamínicos não melhoram a saúde da pessoa comum. Os grupos que podem precisar de um polivitamínico incluem mulheres grávidas, amamentando ou tentando engravidar; pessoas sob dietas consumindo menos de 1.200 calorias por dia ou eliminando todo um grupo de alimentos (carboidratos, por exemplo), e pessoas com condições médicas que afetam a digestão e a absorção dos alimentos.