Guia dos Dentes

Dúvida do leitor: parestesia é culpa do dentista?

Por Redação Doutíssima 29/01/2014

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Já tivemos uma longa e completa conversa sobre parestesia aqui em nosso site e falamos sobre as causas, sintomas e tratamentos mas deixamos um detalhe muito importante de lado justo com a intenção de reforçar a resposta que vou dar hoje. Quanto um paciente faz um tratamento que causa a parestesia, o primeiro pensamento que passa pela cabeça do paciente é: será que foi culpa do dentista? Hoje vamos conversar somente sobre isso e acabar de vez com essa falta de conhecimento que gera consequências ruins para o paciente e para o dentista.

Então chegamos a conclusão, de uma forma bem resumida, que a parestesia é uma perda que pode ser parcial ou total, de sensação em um determinado local da face; isso pode retornar sozinho ao normal ou precisar de tratamentos ou mesmo nunca mais retornar por conta própria. Ela ocorre, normalmente, após procedimentos cirúrgicos de maior complexidade, incluindo a remoção do famoso terceiro molar permanente inferior que pode estar localizado em íntimo contato com o nervo.

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E de quem é a culpa quando acontece a parestesia? Do paciente, do dentista ou de Deus?

– Um primeiro ponto está relacionado a determinadas cirurgias é que para que sejam bem realizadas, o dentista precisa correr o risco de deixar o paciente com parestesia mas isso deve ser muito bem avisado para o paciente que precisa assinar um termo que confirma que essa conversa aconteceu e que o dentista precisa correr esse risco para remover um problema maior.

– Existe o fato de o paciente ter dificuldades anatômicas que vão tornar cirurgias simples, perigosas para o quesito parestesias e o dentista precisa receitar exames para complementar o diagnóstico e mais uma vez isso deve ser muito bem avisado para o paciente que precisa assinar um termo que confirma que essa conversa aconteceu e que o dentista precisa correr esse risco para remover um problema maior.

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– A última opção é realmente de um erro do dentista, seja no planejamento ou na execução da cirurgia. Infelizmente somos todos humanos e o erro é sempre possível mas pode ser minimizado se você seguir critérios simples como:

1- Escolher um dentista referenciado por alguém. São procedimentos que lidam com a saúde e possuem riscos reais de complicações sérias. Não vale a pena pagar pelo mais barato e sim escolher com bastante cuidado o dentista e se programar financeiramente para a cirurgia.

2- Se não tiver como pagar um bom cirurgião, procure clínicas que fazem parte de cursos dentro do ensino da odontologia ou procure um banco e faça um financiamento com prestações dentro das suas possibilidades.

3- Converse com o cirurgião antes da cirurgia, peça para ver outros casos parecidos com o seu, que ele já tenha tratado, e tire todas as dúvidas com relação aos riscos.

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Caso possua dúvidas maiores, procure o conselho regional de odontologia de sua cidade. Lá poderá ver listas com nomes de dentistas registrados nos conselhos e saber se o dentista possui algum problema com seu nome.

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Processos judiais são demorados e normalmente com resultados que vão lhe deixar mais triste que satisfeito, só quem vai ganhar é o advogado. O melhor a fazer se tiver um problema é negociar com o dentista que você possa escolher outro dentista que vai retratar seu caso e o dentista que cometeu o erro pagará pelo pagamento. É mais viável para as duas partes e você ficará mas satisfeito.