Saúde Mental

Simpatia e antipatia nas eliminações no BBB 2014

Por Redação Doutíssima 18/02/2014

Decisões sobre eliminação ou continuidade no programa estão ligadas a diversos sentimentos, entre eles os opostos antipatia e a simpatia. Saiba mais

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Está no ar mais um Big Brother Brasil (BBB 2014) e a cada terça-feira os telespectadores são chamados a decidir quem é eliminado e quem continua no programa, na tentativa de ganhar o prêmio no final. A decisão das pessoas para votar no ‘paredão’, a princípio, está baseada nas atitudes e nas ações que um determinado participante apresentou durante as transmissões, seja em conversas ao vivo ou em nas edições dos ‘melhores momentos’.

Mas, o que leva uma pessoa a escolher entre um ou outro participante do BBB para ser eliminado, muitas vezes, vai além do simples acesso às imagens e resumos. Pode estar ligado à questão da simpatia – ou da antipatia – criada entre a pessoa e o participante, mesmo não existindo uma relação de proximidade. Uma prova disso é o fato de que é muito comum ouvir as pessoas dizendo que quer ver um dos ‘emparedados’ eliminado simplesmente por “não gostar dele” ou, em uma expressão mais popular, “porque não foi com a cara dele”.

De acordo com Dante Moreira Leite, no livro “Psicologia diferencial e estudos em educação”, tanto a simpatia como a antipatia são processos de interação. Segundo ela, quando se tem simpatia por uma pessoa há uma tendência a interpretarmos favoravelmente seu comportamento e agir de acordo com essa interpretação. Já no caso em que temos antipatia acontece o contrário. A tendência é de receber de forma negativa tudo o que o outro faz, iniciando um processo de afastamento.

 

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Nos paredões do BBB

Quando estão diante de uma decisão no Big Brother Brasil os dois (ou três) participantes ‘emparedados’ começam a se esforçar para tentar convencer o público do motivo pelo qual eles querem continuar no programa. Essas atitudes dificilmente poderão mudar alguma coisa na relação do público do BBB com eles.

Transformar uma relação marcada pela antipatia (mesmo no caso do BBB) é ainda mais difícil do que o caminho inverso. Isso porque a tendência é de que o público avalie também com o mesmo sentimento a tentativa de mudar a situação. Apesar de não ser considerado irreversível esse tipo de relação demora muito para mudar e é preciso um grande esforço dos dois lados, o que nem sempre acontece.

É importante ressaltar que, ao contrário do que acontece na relação do público com os participantes do BBB, é importante que tenhamos um contato mais próximo com as pessoas antes de rotularmos a relação. Sem estabelecer conceitos antecipadamente, sem se basear no ‘achismo’.

Somente assim conseguiremos construir boas relações, entender os potenciais e limitações de cada pessoa e diminuir os riscos de criar verdadeiros ‘paredões’ como os do BBB na nossa própria vida.

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