Saúde Mental

Automutilação: entenda como ocorre e o que fazer para resolver esse problema

Por Redação Doutíssima 04/04/2014

automutilação

A automutilação é marcada pela necessidade de punição corporal quando o indivíduo sente-se fracassado, triste ou culpado por sua infelicidade. Esse tipo de punição é, na maioria das vezes, representado por cortes e deformação feitas pela própria pessoa em seu corpo com a utilização de facas, estiletes e outros tipos de objetos cortantes.

Os sintomas da automutilação são perceptíveis em adolescentes e podem desencadear vários problemas psicológicos fazendo com que a pessoa passe a mutilar-se por toda a vida até adquirir uma doença ou morrer. As causas da automutilação são variáveis e vão desde problemas interpessoais até os casos de decepções amorosas, desemprego e baixa autoestima.

Conheça mais sobre o tema e quais as consequências que este quadro traz para a vida do indivíduo que o prática.

 

Automutilação – Porque isso acontece?

automutilação

Também chamada de autolesão, a automutilação surge em decorrência de distúrbios psicológicos que dão surgimento à disfunção no metabolismo cerebral, levando a pessoa a sentir-se o pior dos seres humanos, totalmente inútil e perdedor.

Com estes sentimentos aflorados, o desespero toma conta do indivíduo que já não vê mais sentidos em ser perfeito ou cuidar de si mesmo. Este problema surge ainda na adolescência, quando o ser passa por drásticas mudanças comportamentais e corporais e atinge principalmente aqueles que não se enquadram nos padrões de beleza impostos pela sociedade.

É um tipo de problema que chega à atingir 2% da população em todo o planeta sendo que as causas da automutilação podem ser psicológicas ou de acordo com a cultura do indivíduo, já que existem algumas tribos que praticam este tipo de ação para exaustar os espíritos ou para se autodisciplinar.

Estudos realizados para entender a origem da automutilação afirmam que este problema pode surgir em função de um trauma na infância, como o bullying escolar ou abusos sexuais, perdas sucessivas de parentes, baixa autoestima e sentimentos de ódio, raiva e frustração quando o indivíduo não consegue sucesso em suas tentativas afetivas ou na realização de seus sonhos.

Manifestações e Consequências

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Estudos mostram que a automutilação é mais frequente em mulheres com idade entre 14 e 20 anos, que sentem-se pressionadas pela ditadura da beleza imposta pela sociedade à qual pertencem.

Na tentativa de aliviar o sofrimento psicológico e punir-se por não ser perfeito ou conseguir fazer as coisas como as outras pessoas, o indivíduo passa a castigar-se cruelmente, sentindo alivio toda a vez que causa um ferimento em seu próprio corpo através de cortes, chicotadas, arrancadas de cabelo, queimaduras e demais ações dolorosas. A intenção não é cometer o suicídio e sim punir-se por não obter sucesso na vida pessoal ou profissional.

A prática da automutilação gera agressividade e faz com que o indivíduo distancie-se cada vez mais de sua família e da sociedade, pela qual cria uma espécie de repulsão. Pessoas solitárias, introvertidas e que não gostam de contato social estão mais propensas a desenvolver este problema, que traz sérios riscos para a saúde funcional e psicológica, além de afetar diretamente a estética.

 

Como parar com a Automutilação?

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O tratamento contra a automutilação começa com o trabalho psicológico que visa valorizar e situar o paciente com relação a sua realidade, trabalhando suas frustrações e melhorando sua autoestima. Se você sofre com automutilação e desenvolveu o hábito ferir o próprio corpo, siga estas dicas e dê um fim neste problema:
Peça ajuda a seus pais, familiares ou amigos e relate porque tem se-mutilado. Esse é o primeiro passo e talvez seja o mais importante no tratamento da automutilação, pois é muito difícil enfrentar o tratamento sozinho.

Busque ajuda psicológica e terapêutica. Este problema está ligado diretamente aos distúrbios que se desenvolvem com o tempo no inconsciente e os profissionais destas áreas conseguirão identificar a raiz causadora da automutilação e indicarão quais os métodos mais eficazes para o tratamento do problema
Sempre que sentir uma vontade incontrolável de se mutilar chame alguém para lhe ajudar a controlar-se e faça alguma atividade que lhe deixe mais calmo. Chás, atividades recreativas e exercícios físicos são calmantes naturais que previnem a saúde e desenvolvem a capacidade física e psicológica

Observação

Mantenha objetos cortantes ou que possam oferecer riscos ao paciente longe de seu alcance e ofereça-lhe companhia para passeios e atividades que ele goste de realizar. O apoio e a atenção são imprescindíveis na cura deste mal.

Mas do que uma questão física, a automutilação modifica a personalidade do indivíduo e o transforma em seu próprio inimigo. A ajuda familiar e psicológica para a solução deste problema é fundamental para que o indivíduo possa ter uma vida normalizada e feliz.
Boa Sorte!

 

 

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