Clínica Geral

Arritmia cardíaca tem cura, mas é preciso diagnosticar no início e começar logo o tratamento

Por Redação Doutíssima 16/04/2014

Sendo uma das mais comuns doenças do coração, a arritmia cardíaca tem cura, mas é preciso ficar atento para que o diagnóstico seja feito com antecedência para um tratamento mais eficaz

A frequência e o ritmo do coração variam ao longo do dia, conforme nossa necessidade de oxigênio. Quando há alguma alteração anormal no número de batimentos por minuto e no intervalo entre um batimento e outro, pode ser diagnosticada uma arritmia. O problema tem cura, mas, para isso, é essencial fazer uma investigação médica detalhada de cada caso.

É comum as pessoas apresentarem episódios arrítmicos sem que elas mesmas percebam. No entanto, é essencial procurar um médico ao perceber alguma alteração e iniciar o tratamento o quanto antes, já que o distúrbio pode provocar palpitações e, inclusive, desmaios – causados pela redução do fluxo sanguíneo no cérebro. Em casos mais graves, pode haver confusão mental, fraqueza, queda na pressão arterial, falta de ar, dor no peito e até mesmo parada cardíaca.

arritmia cardíaca tem cura

O médico poderá detectar a presença da arritmia através da ausculta do coração. Foto: Shutterstock

As arritmias podem ser motivadas por algum problema cardíaco anterior ou por algum fator que ainda não tenha se manifestado, como uma irregularidade no sistema elétrico ou doença do coração. Podem ser causadas por distúrbios no sistema elétrico do coração, que não afetam as demais estruturas do órgão, ou por doenças do miocárdio, das válvulas cardíacas ou das artérias coronárias.

Se a arritmia cardíaca tem cura, como diagnosticar?

O médico poderá detectar a arritmia através da ausculta do coração e da realização de exames cardiológicos, que irão verificar alterações no ritmo e na frequência cardíaca, evidenciando as causas do problema. O eletrocardiograma é um dos recursos mais utilizados, pois mede a atividade elétrica do coração.

Há também outros exames que auxiliam o diagnóstico, como o ecocardiograma (espécie de ultrassonografia), o teste de esforço (para avaliar a saúde das coronárias e o ritmo cardíaco durante a atividade física) e o holter (eletrocardiograma de 24 horas, que permite ao médico identificar episódios arrítmicos e relacioná-los com as atividades e os sintomas descritos pelo paciente).

Tipos de arritmia e tratamento

Os tipos de arritmia variam de acordo com a frequência cardíaca que o problema desencadeia e com o local de origem (no átrio, no ventrículo ou na junção entre essas câmaras).

Caracteriza-se bradicardia quando os batimentos ficam lentos, não chegando a 60 por minuto. Já a taquicardia ocorre quando o coração acelera, passando de 100 batimentos por minuto. O tipo mais comum é a fibrilação atrial, que tem origem no átrio e atinge 5% das pessoas na faixa dos 60 anos e 9% na faixa dos 70 anos.

Nos casos de bradicardia, o tratamento geralmente é feito através do implante cirúrgico de um marca-passo, aparelho que produz artificialmente os impulsos que deveriam ser gerados pelo nó sinusal. Já quando o paciente apresenta taquicardia ou fibrilação atrial, o tratamento inicia com medicamentos antiarrítmicos e a correção definitiva ocorre com a cauterização do foco do estímulo indevido.

Em casos de maior gravidade, o tratamento inicia com uma cardioversão com desfibriladores, para restaurar o ritmo cardíaco, e prossegue com medicamentos ou o implante de um desfibrilador externo sobre o tórax para monitorar o coração e, ao identificar uma arritmia, aplicar o choque local automaticamente.

Como medida preventiva, é importante não exagerar no consumo de álcool e de cafeína, manter distância do cigarro e não usar medicamentos sem prescrição médica. A arritmia cardíaca tem cura, mas isso não é motivo para se descuidar da saúde.

 

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