Sintomas até certo ponto comuns, como náuseas e dores abdominais, podem esconder uma doença de consequências imprevisíveis. A colagenose, na verdade, não é apenas uma patologia, mas um conjunto daquelas conhecidas como autoimunes. Ou seja, são doenças oriundas do ataque do sistema imunológico ao nosso próprio organismo.

Obter um diagnóstico precoce da colagenose é imprescindível. Foto: Shutterstock
Tudo começa por uma desorientação interna. Aquele que deveria proteger o corpo, começa a atacá-lo. Esta reação pode atingir diferentes órgãos em sequência ou até de forma simultânea, voltando sua agressividade ao sistema nervoso e aos aparelhos digestivo e respiratório, além da pele, sangue, olhos e articulações.
Assim, a colagenose se manifesta por infecções oportunistas e por doenças crônicas inflamatórias. Entre elas, podem ser citadas a hipertensão pulmonar, a pneumonia difusa, a esclerose sistêmica, a artrite reumatoide e o lúpus. Seu nome está relacionado a outra característica comum em todos os casos: a produção excessiva ou escassa das fibras de colágeno. Mas tenha calma: ser uma vítima da colagenose requer atenção, não pânico. Por isto, é preciso saber identificar suas causas e sintomas, além de buscar o diagnóstico e tratamento – sempre que possível, de forma precoce.
Tipos de colagenose
Para começar, é importante conhecer os tipos da doença e seus sintomas. São quatro as formas de manifestação deste conjunto de patologias:
– Dermatomiosite: doença crônica que inflama todos os músculos, causando lesões na pele. É frequente entre as crianças e mais comum nas mulheres do que nos homens.
– Esclerodermia sistêmica: provoca o endurecimento da pele, que adquire aspecto escurecido, espesso e brilhante nas áreas afetadas. Tem nas mulheres emotivas e tímidas os principais alvos.
– Lúpus eritematoso sistêmico: conhecida pela sigla LES, manifesta-se de forma benigna ou maligna, atingindo também a pele e, ainda, articulações, rins e outros órgãos. Provoca lesões de difícil regressão e, mais uma vez, as mulheres são as mais afetadas, especialmente aquelas na faixa entre 30 e 40 anos.
– Poliarterite nodosa: diferente das outras manifestações, esta é mais comum em homens adultos. É uma doença vascular que resulta em comprometimento inflamatório das artérias de pequeno e médio calibre.
Em cada tipo de colagenose, há sintomas específicos. No entanto, é possível observar sinais comuns, como manchas na pele, febre, dores nas articulações, boca e olhos secos, vômito e diarreia. Como é possível perceber, tratam-se de sintomas ligados a uma variedade de doenças, o que dificulta bastante qualquer tentativa de autodiagnóstico pelo paciente. A solução, principalmente na reiteração dos sinais de alerta, passa pelo auxílio médico.
Diagnóstico e tratamento
Ao procurar um médico e relatar os sintomas, o especialista poderá solicitar um exame de sangue que consiste em identificar nele a presença de um anticorpo específico. Este exame é conhecido pela sigla FAN, que significa fator antinuclear de neutrófilos. Em doenças autoimunes, eles aparecem no sangue em número mais alto que o esperado.
Há, ainda, outras anormalidades passíveis de identificação a partir dos exames laboratoriais, como elevação da excreção urinária de creatinina e valores inadequados de algumas enzimas. O diagnóstico definitivo, contudo, dependerá de uma biópsia muscular.
Confirmada a colagenose, o médico definirá o tratamento de acordo com o órgão acometido e conforme a gravidade do quadro clínico do paciente. Em linhas gerais, serão receitados medicamentos imunossupressores e corticoides. Além disso, repassará ao paciente uma série de cuidados rotineiros, como o uso de protetor solar, especialmente quando a pele é atingida. Manter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos é outra indicação comum a todos os casos da doença.
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