Clínica Geral

Colagenose: saiba mais sobre a doença autoimune que pode levar a problemas de saúde diversos

Por Redação Doutíssima 18/04/2014

Sintomas até certo ponto comuns, como náuseas e dores abdominais, podem esconder uma doença de consequências imprevisíveis. A colagenose, na verdade, não é apenas uma patologia, mas um conjunto daquelas conhecidas como autoimunes. Ou seja, são doenças oriundas do ataque do sistema imunológico ao nosso próprio organismo.

colagenose

Obter um diagnóstico precoce da colagenose é imprescindível. Foto: Shutterstock

Tudo começa por uma desorientação interna. Aquele que deveria proteger o corpo, começa a atacá-lo. Esta reação pode atingir diferentes órgãos em sequência ou até de forma simultânea, voltando sua agressividade ao sistema nervoso e aos aparelhos digestivo e respiratório, além da pele, sangue, olhos e articulações.

Assim, a colagenose se manifesta por infecções oportunistas e por doenças crônicas inflamatórias. Entre elas, podem ser citadas a hipertensão pulmonar, a pneumonia difusa, a esclerose sistêmica, a artrite reumatoide e o lúpus. Seu nome está relacionado a outra característica comum em todos os casos: a produção excessiva ou escassa das fibras de colágeno. Mas tenha calma: ser uma vítima da colagenose requer atenção, não pânico. Por isto, é preciso saber identificar suas causas e sintomas, além de buscar o diagnóstico e tratamento – sempre que possível, de forma precoce.

Tipos de colagenose

Para começar, é importante conhecer os tipos da doença e seus sintomas. São quatro as formas de manifestação deste conjunto de patologias:

Dermatomiosite: doença crônica que inflama todos os músculos, causando lesões na pele. É frequente entre as crianças e mais comum nas mulheres do que nos homens.

Esclerodermia sistêmica: provoca o endurecimento da pele, que adquire aspecto escurecido, espesso e brilhante nas áreas afetadas. Tem nas mulheres emotivas e tímidas os principais alvos.

Lúpus eritematoso sistêmico: conhecida pela sigla LES, manifesta-se de forma benigna ou maligna, atingindo também a pele e, ainda, articulações, rins e outros órgãos. Provoca lesões de difícil regressão e, mais uma vez, as mulheres são as mais afetadas, especialmente aquelas na faixa entre 30 e 40 anos.

Poliarterite nodosa: diferente das outras manifestações, esta é mais comum em homens adultos. É uma doença vascular que resulta em comprometimento inflamatório das artérias de pequeno e médio calibre.

Em cada tipo de colagenose, há sintomas específicos. No entanto, é possível observar sinais comuns, como manchas na pele, febre, dores nas articulações, boca e olhos secos, vômito e diarreia. Como é possível perceber, tratam-se de sintomas ligados a uma variedade de doenças, o que dificulta bastante qualquer tentativa de autodiagnóstico pelo paciente. A solução, principalmente na reiteração dos sinais de alerta, passa pelo auxílio médico.

Diagnóstico e tratamento

Ao procurar um médico e relatar os sintomas, o especialista poderá solicitar um exame de sangue que consiste em identificar nele a presença de um anticorpo específico. Este exame é conhecido pela sigla FAN, que significa fator antinuclear de neutrófilos. Em doenças autoimunes, eles aparecem no sangue em número mais alto que o esperado.

Há, ainda, outras anormalidades passíveis de identificação a partir dos exames laboratoriais, como elevação da excreção urinária de creatinina e valores inadequados de algumas enzimas. O diagnóstico definitivo, contudo, dependerá de uma biópsia muscular.

Confirmada a colagenose, o médico definirá o tratamento de acordo com o órgão acometido e conforme a gravidade do quadro clínico do paciente. Em linhas gerais, serão receitados medicamentos imunossupressores e corticoides. Além disso, repassará ao paciente uma série de cuidados rotineiros, como o uso de protetor solar, especialmente quando a pele é atingida. Manter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos é outra indicação comum a todos os casos da doença.

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