Clínica Geral

Só com profissional: o que é o teste ergométrico e quais os riscos de fazê-lo sem acompanhamento médico

Por Redação Doutíssima 18/04/2014

O teste ergométrico tem por objetivo mostrar o desempenho do coração quando ele é submetido a um esforço físico gradualmente crescente. Por meio dele, é possível analisar a capacidade física e a resposta da pressão arterial de um indivíduo ao exercício.

Geralmente realizado em esteira rolante, o teste consegue observar o funcionamento cardiovascular, assim como o comportamento de sua frequência cardíaca, da pressão arterial e do eletrocardiograma antes, durante e após o esforço.

teste ergométrico

Teste ergométrico pode detectar isquemia e alterações nas artérias coronárias. Foto: Shutterstock

Conhecido também como eletrocardiograma de esforço, o teste ergométrico pode detectar a presença de isquemia ou de algumas outras alterações nas artérias coronárias. Ele ainda serve de base para estabelecer programas de condicionamento físico do paciente e para detectar arritmias, anormalidades da pressão arterial e de isquemia miocárdica, assim como o surgimento de sopros, sinais de falência ventricular esquerda e dos eventuais sintomas que podem acompanhar essas disfunções.

Como é feito o teste ergométrico

Para realizar o exame, o paciente deve atentar a algumas medidas: nas três horas que antecedem ao teste, ele não deve consumir refeições pesadas, bebidas com cafeína como café, refrigerantes à base de cola, chá preto, entre outras.

Durante o exame, são conectados dez eletrodos ao tórax do paciente, além de um aparelho arterial fixado ao braço. Após os registros em repouso serem coletados, é iniciada a medição em exercício, que começa em baixa intensidade e é aumentada a cada três minutos, até que seja atingida a capacidade máxima de esforço.

Os traçados eletrocardiográficos e a medida da pressão arterial são registrados antes do esforço, ao final de cada etapa do exercício e regularmente durante a recuperação do paciente.

O exame só é interrompido pelo médico no caso de o paciente apresentar grande cansaço ou exaustão durante a realização do exercício, visto que estes são sintomas indicativos de anormalidades cardiovasculares e de alterações compatíveis com isquemia ou significativas do ritmo cardíaco.

Acompanhamento

De acordo com a Resolução 2021/2013, do Conselho Federal de Medicina, a realização do teste ergométrico em esteira ou ciclo só pode ser realizada por um médico habilitado e capacitado a atender as ocorrências cardiovasculares que possam se manifestar durante o exame. Embora o teste apresente risco considerado baixo, o profissional deve estar presente fisicamente no local do teste, atento a possíveis emergências cardiológicas.

A medida visa evitar a realização de testes físicos em esteira ou ciclo na academia sem supervisão de um médico especialista. O exame, nestas condições, pode gerar eventos graves ao paciente, como crises hipertensivas (pressão arterial em níveis agudamente elevados) e episódios de arritmias importantes.

Contraindicações

O teste ergométrico não é indicado para pessoas portadoras de doença arterial coronária que estão instáveis (sintomas progressivos ou que ocorrem em repouso, angina instável, infarto em evolução) ou que apresentam obstrução no tronco da artéria coronária esquerda ou equivalente, de arritmias não controladas, de hipertensão arterial grave, de embolia pulmonar, de intoxicação medicamentosa, de miocardites e pericardites agudas, de estenose aórtica grave, de limitação física ou emocional, de gestação, de qualquer enfermidade aguda. Por todas estas razões, trata-se de um risco grande realizá-lo sem auxílio profissional.

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