Clínica Geral

Conheça os riscos do prolapso da válvula mitral e a gravidade se associado a outras doenças

Por Redação Doutíssima 22/04/2014

A função da válvula mitral é ajudar o sangue no lado esquerdo do coração a fluir em uma direção. A válvula mitral é composta por dois folhetos que se fecham quando o sangue termina de passar, encostando firmemente um folheto no outro e, assim, vedando completamente a passagem. Ela se fecha para evitar que o sangue retorne quando o coração contrai. Trata-se de um problema cardíaco, no qual a válvula que separa as câmaras superior e inferior, do lado esquerdo do coração, não fecha de forma apropriada.

Os sintomas incluem dor no peito, tontura, fadiga, palpitações e falta de ar (geralmente ao deitar ou após exercícios). Entretanto, na maioria dos casos, os pacientes não sabem que apresentam o problema. Até pouco tempo, achava-se que o prolapso da válvula mitral era uma alteração muito comum, que acometia de 5% a 10% da população.

prolapso da válvula mitral

Desenvolvimento de ecocardiogramas modernos qualificou o diagnóstico da doença. Foto: Shutterstock

No entanto, com o desenvolvimento de ecocardiogramas mais modernos, notou-se que boa parte das pessoas que recebiam o diagnóstico de prolapso mitral, na verdade, não o tinham, mas apresentavam discretas alterações na anatomia normal da válvula mitral, mas sem causar um prolapso.

Associação a doenças

Uma das causas mais frequente da patologia é o crescimento anormal de uma das válvulas cúspides. Em outros casos, a alteração é ocasionada por outras doenças cardíacas, como febre reumática e infarto. Pode também ocorrer após cirurgia valvular.

A doença, no entanto, possui como agravante o fato de ela poder se associar a outras. É o que geralmente ocorre com relação a distúrbios do tecido conjuntivo, como a Síndrome de Marfan. Pode ser associada também à Doença de Graves, à Síndrome de Ehlers-Danlos, à osteogênese imperfeita e à doença renal policística.

O prolapso da válvula mitral afeta com mais frequência as mulheres magras, que podem ter pequenas deformidades da parede torácica, escoliose ou outros distúrbios. Além disso, alguns casos podem também ser hereditários.

Diagnóstico e complicações

Para o diagnóstico, o médico realiza um exame físico e ausculta o coração e os pulmões. Quando o paciente apresenta prolapso da válvula mitral, ouve-se geralmente um tremor (vibração) no coração e um sopro cardíaco, que fica mais audível quando o paciente se levanta. Complementam o diagnóstico, os seguintes exames: ecocardiograma, exame com Doppler de fluxo a cores, cateterização cardíaca, radiografia torácica, eletrocardiograma, ressonância magnética do tórax e tomografia computadorizada torácica.

Caso o retorno de sangue aumente, o quadro pode evoluir para um caso de regurgitação mitral, uma condição mais grave e com maior risco de formar coágulos e arritmia cardíaca. Por isso é importante procurar um médico assim que aparecerem os primeiros sintomas.

Tratamento do prolapso da válvula mitral

Os casos moderados de prolapso da válvula mitral podem ser tratados com beta-bloqueadores. A cirurgia é indicada apenas quando os sintomas estiverem piorando, a parede do ventrículo esquerdo estiver crescendo ou o funcionamento cardíaco estiver prejudicado, com arritmias.

O procedimento cirúrgico pode ser realizado para reparar a válvula ou substituí-la por uma prótese. Os pacientes que sofreram com coágulos podem se beneficiar do uso de anticoagulantes, como a aspirina. Pode-se também recomendar antibióticos para prevenir endocardite em caso de cirurgias, inclusive as dentárias.

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