Divulgada em 1985 por R.Asch. e J. Balmaceda, a GIFT (Transferência de Gametas Intratubária) é uma técnica de reprodução humana que apresenta sucesso estimado entre 20 e 30% dos casos. Para a sua indicação é necessário que haja integridade das tubas uterinas e o sêmen não deve estar comprometido severamente. O esquema de estimulação ovariana é semelhante ao FIV (Fertilização In Vitro). Após 36 horas da injeção de hCG (hormônio Coriônico Gonadotrófico) procede-se a coleta dos ovócitos mediante video-laparoscopia ou mini-laparotomia.
Como é feita a Transferência de Gametas Intratubária
O embriologista identifica os ovócitos e prepara o catéter para a transferência tubárea agregando de 50 a 100 mil espermatozóides ativados a 3 ovócitos. O catéter é introduzido até 1/3 externo de um das tubas onde são depositados os gametas. A fertilização ocorrerá naturalmente neste local e de 3 a 4 dias depois ocorrerá a implantação na cavidade uterina.
A transferência de gametas intratubária consiste na coleta dos óvulos e espermatozoide, que após serem processados em laboratório são colocados juntos no interior das trompas de falópio. Isto pode ser feito por vídeo-laparoscopia ou ultrassonografia.
Este tipo de procedimento, atualmente, é realizado nos casos de infertilidade sem causa aparente e quando necessitamos realizar uma vídeo-laparoscopia para complementação diagnóstica. Neste caso é realizada uma indução ovariana leve e durante a laparoscopia (pequena cirurgia que possibilita o acesso aos órgãos intra-abdominais), além da avaliação dos genitais internos ( ovários, trompas e útero), colhendo os óvulos, adicionando aos espermatozoides já preparados antecipadamente e os colocando no interior das trompas.
O procedimento é realizado com anestesia local peri-umbilical e pouco acima do pube por onde serão colocados os equipamentos necessários através de dois pequenos cortes de 5 mm cada, com sedação, para que não haja necessidade de internamento. A paciente poderá ir para casa em poucas horas.
Quem pode fazer a Transferência de Gametas Intratubária?
A transferência de gametas intratubária é utilizada em casais cuja mulher tem um bloqueio das trompas de falópio, endometriose ou anomalias no muco cervical, mas que tenha ovários e útero funcionais ou, então, em casais cujo homem possua esperma disfuncional. Existem casos em que o casal possui infertilidade sem causa aparente para os quais a transferência de gametas intratubária também pode ser recomendada como solução.
Na técnica da transferência de gametas intratubária, os gametas são obtidos pelas mesmas técnicas utilizadas na fertilização in vitro e na microinjecção. O objetivo é assegurar a presença dos gametas no ambiente intratubário.
A Transferência de Gametas Intratubária é frequentemente comparada à Fertilização In Vitro (FIV). Veja como é feita a chamada FIV:
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