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Parto prematuro: conheça as causas mais frequentes, como tentar evitar e opiniões de especialistas

Por Redação Doutíssima 28/04/2014

O parto prematuro ocorre quando o bebê nasce antes da 37ª semana de gestação, sendo a causa principal de problemas de saúde e de morte dos recém-nascidos. Os bebês que nascem de um parto prematuro devem, normalmente, serem internados em unidades de terapia intensiva, devido à imaturidade de alguns dos órgãos internos como rins, pulmão e cérebro.

 

parto prematuro

 

Causas do parto prematuro

 

O parto prematuro pode ser causado por diversos fatores, incluindo problemas com o feto, com a mãe, ou com os dois. No entanto, em cerca de metade dos casos, a(s) causa(s) do parto prematuro permanece(m) desconhecida(s). Quando a causa é conhecida, o parto prematuro é, na maioria dos casos, causado pela ruptura prematura de apêndices embrionárias, o que desencadeia o parto.

As seguintes situações podem estimular o trabalho de parto prematuro:

  • Rotura prematura da bolsa amniótica;
  • Incompetência do colo uterino;
  • Infecção uterina;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Hipertensão crônica;
  • Pré-eclampsia;
  • Doenças crônicas (tuberculose ou sífilis, etc).

 

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Alguns outros fatores também podem provocar o parto prematuro. São eles:

  • Gestação múltipla;
  • Fertilização in vitro;
  • Malformações fetais.

 

Evitando o parto prematuro

 

Embora existam alguns fatores de risco inevitáveis, algumas providências podem ser tomadas para que os riscos da ocorrência do parto prematuro sejam reduzidos. Confira alguns deles:

  • Parar de fumar antes da gravidez (ou o mais rápido possível durante a gravidez);
  • Não consumir álcool e drogas durante a gravidez;
  • Informar o seu médico sobre todos os medicamentos que você está tomando. Alguns medicamentos podem interferir na gravidez, devendo ser eliminados;
  • Manter ganho de peso adequado durante toda a gravidez. Seu médico poderá acompanhar e aconselhar o seu ganho de peso;
  • Manter uma dieta nutritiva e equilibrada. A nutrição e os cuidados pré-natais são muito importantes se você tem menos de 17, mais de 35 anos, ou se você está grávida de gêmeos;
  • Evitar carregar objetos pesados, trabalhar de forma pesada e ficar em pé durante muitas horas.
  • Minimizar ao máximo possível o estresse em sua vida, usando técnicas de relaxamento, exercícios, alimentação e repouso;
  • Seguir os cursos pré-natais;
  • Evitar infecções ao máximo.

 

Além dos fatores citados acima, algumas doenças crônicas podem provocar o parto prematuro, se não forem adequadamente tratadas durante a gravidez.

Se você apresentar um histórico de partos prematuros causados por anomalias estruturais do útero, estas podem ser corrigidas com uma cirurgia antes da gravidez. Quanto ao risco do parto prematuro prematuro causado pelo colo do útero incompetente, ele pode ser reduzido com a realização da cirurgia que fecha o útero da 14 ª semana de gestação até o nono mês.

 

Reduzindo os riscos de parto prematuro com a alimentação

 

Um estudo realizado por pesquisadores da University of Gothenburg e do Instituto Norueguês de Saúde Pública aponta que uma dieta baseada em frutas e vegetais, produtos integrais e alguns tipos de peixe pode reduzir o risco do parto prematuro. O estudo acompanhou 66 mil grávidas e foi publicado no British Medical Journal.

As participantes do estudo preencheram um questionário, cientificamente avaliado, informando sobre o que elas estavam comendo e bebendo desde o começo da gravidez. Os pesquisadores também tiveram acesso a informações sobre estilo de vida geral das voluntárias, seu nível de instrução, condições de vida, renda, peso, atividade física, tabagismo, consumo de álcool, número de filhos e fatores clínicos como histórico de parto prematuro na família.

“As mulheres têm muitas razões para escolher uma dieta saudável, com muitos vegetais, frutas, grãos integrais e alguns tipos de peixe, mas esta é a primeira vez que é possível vincular estatisticamente hábitos alimentares saudáveis com a redução do risco de parto prematuro” diz a autora Linda Englund-Ögge. “Não é considerado prejudicial ingerir algo que não seja tão saudável ocasionalmente. Mas nosso estudo mostra que as recomendações dietéticas dadas pelos médicos às grávidas são importantes e devem ser seguida” explica a cientista.

 

Veja o que o Dr. David Baptista da Silva Pares tem a dizer sobre o parto prematuro:

 

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