Clínica Geral

Marca-passo: como o pacemaker melhora a qualidade de vida dos doentes de arritmia cardíaca

Por Redação Doutíssima 01/05/2014

O marca-passo, também chamado de pacemaker, constitui-se de um dispositivo que regula os batimentos cardíacos do indivíduo. Esse rearranjo ocorre por meio de estímulos elétricos quando o aparelho detecta que o número de batimentos cardíacos em um certo intervalo encontra-se abaixo do normal no paciente.

Na verdade, o corpo humano saudável possui um marca-passo natural, que regula os batimentos cardíacos. O problema é que, com o tempo, esse pacemaker original pode começar a falhar. Ele pode oferecer batimentos muito lentos (bradicardia), batimentos muito rápidos (taquicardia), batimentos irregulares (fibrilação atrial) e até não promover mais batimentos, caso haja um bloqueio elétrico.

Marca-passo se liga ao coração por eletrodos conectados a gerador e bateria. Foto: Shutterstock

Marca-passo se liga ao coração por eletrodos conectados a gerador e bateria. Foto: Shutterstock

Nesses casos, um pacemaker artificial, instalado sob a pele, pode salvar vidas. Nas últimas décadas, inclusive, o marca-passo evoluiu muito: diminuiu de tamanho, ficou mais seguro e ganhou mais autonomia. Atualmente, o aparelho é selado em uma cápsula de metal. Essa cápsula em geral é desenvolvida com titânio, já que este se trata de um material fisiologicamente inerte, o que contribui para a redução do risco de rejeição pelo sistema imunológico do paciente.

Para entender como funciona o pacemaker, há que se lembrar do sistema elétrico natural que orquestra as batidas do coração. A cada batimento cardíaco, o coração emite um pulso elétrico que controla a velocidade e a regularidade dos batimentos subsequentes. Quando o indivíduo sofre com arritmia ou irregularidade nos batimentos, o pacemaker é colocado sob a pele do peito ou abdômen para emitir suaves impulsos elétricos e, assim, auxiliar o corpo a manter um ritmo cardíaco regular.

Dessa forma, o marca-passo se liga ao coração através de eletrodos conectados a um gerador e a uma bateria. O pulso elétrico emitido pela bateria, que alimenta o gerador, é enviado para os fios que estão ligados ao coração. Com um chip de computador e sensores nos fios ligados ao coração, o pacemaker pode acompanhar o movimento do paciente, da temperatura do sangue e da respiração.

Munido dessas informações, o pacemaker pode emitir os pulsos elétricos necessários, na frequência correta, para manter o funcionamento adequado do coração, com os batimentos cardíacos regulares. Atualmente, o marca-passo pode ser programado por computador. Assim, não há necessidade de se acessar o pacemaker para alterar alguma configuração do dispositivo.

A programação do marca-passo pode ser realizada de duas maneiras distintas. A primeira é por demanda, ou seja, o pacemaker examina a atividade cardíaca e apenas envia pulsos elétricos se perceber uma irregularidade.

A segunda é a responsiva, que controla a velocidade do coração do paciente, conforme a sua atividade. Assim, o equipamento monitora respiração, temperatura do sangue e outros fatores para determinar os pulsos elétricos necessários para o cadenciamento dos batimentos cardíacos.

Os três tipos mais utilizados de pacemaker

– Marca-passo bicameral (DDD): possui dois eletrodos (atrial e ventricular). Sincroniza o ritmo com a estimulação do átrio e do ventrículo.

– Marca-passo unicameral (VVI): possui um eletrodo (ventricular). Aumenta a frequência conforme a demanda do paciente, com estímulo do ventrículo.

– Marca-passo bicameral (VDD): possui um eletrodo (atrial e ventricular). Sincroniza o ritmo de acordo com o átrio e o ventrículo.

Operações para colocação do pacemaker

Há dois tipos de operação para a colocação do pacemaker. A cirurgia endocárdica (mais comum em adultos) é a introdução dos eletrodos do marca-passo através de veias que chegam ao coração.

Já a cirurgia epicárdica (mais comum em crianças) é feita através de intervenção cirúrgica no coração, com anestesia geral, em procedimento no qual os eletrodos são implantados diretamente no músculo cardíaco enquanto o marca-passo fica em bolsa criada sob a pele no abdômen.m ao coração.

Já a cirurgia epicárdica (mais comum em crianças) é feita através de intervenção cirúrgica no coração, com anestesia geral, em procedimento no qual os eletrodos são implantados diretamente no músculo cardíaco enquanto o marca-passo fica em bolsa criada sob a pele no abdômen.

 

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