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Descubra como funciona um desfibrilador cardíaco – o aparelho que reanima o coração

Por Redação Doutíssima 05/05/2014

O desfibrilador cardíaco é o aparelho utilizado em caso de parada cardiorrespiratória para restabelecer o ritmo cardíaco do paciente. Com o intuito de reanimar o indivíduo, ele emite uma carga elétrica no coração acometido de arritmia.

Se bem sucedido, o choque do desfibrilador cardíaco rearranja as células do organismo, que voltam ao seu estado elétrico apropriado. Assim, o coração pode voltar a bombear o sangue para todo o corpo e retomar sua condição plena.

Desfibriladores cardíacos podem reverter fibrilação auricular ou ventricular. Foto: Shutterstock

Desfibriladores cardíacos podem reverter fibrilação auricular ou ventricular. Foto: Shutterstock

Atualmente, existem diversos tipos de equipamentos para reverter um quadro de fibrilação auricular ou ventricular. Mas não faz tanto tempo assim que o primeiro deles foi criado. Em 1947, Claude Beck desenvolveu um aparelho utilizado em um processo intra-operatório, ou seja, desfibrilação interna. Quase uma década mais tarde, o médico Paul Zoll desenvolveu o primeiro equipamento para a desfibrilação externa.

Funcionamento e aplicação do desfibrilador cardíaco

A aplicação do desfibrilador cardíaco não ocorre exatamente como nos filmes e séries de televisão. O paciente não pula quando leva o choque, e uma série de procedimentos deve ser levada em conta por toda a equipe médica.

Primeiramente, é importante lembrar que o desfibrilador cardíaco conta com duas placas (ou pás), que devem ser posicionadas com cuidado sobre o tórax do paciente, de forma que a descarga atinja plenamente o órgão.

Essas placas precisam ser lubrificadas com um gel, a fim de conduzir melhor a eletricidade e evitar qualquer tipo de queimadura. Antes da aplicação, deve-se ainda regular adequadamente a voltagem do choque, entre 100 e 300 joules, de acordo com tamanho e peso do indivíduo, e afastar as pessoas ao redor.

Após a descarga, há uma nova avaliação. Se a fibrilação foi corrigida, a equipe médica deve averiguar o estado de consciência do paciente e a possível necessidade de oxigênio. Se a descarga elétrica não produzir o resultado desejado, a equipe pode principiar uma massagem cardíaca com o intuito de que o sangue flua para o cérebro até que a próxima aplicação possa ser feita.

Tipos de desfibriladores

– Desfibrilador externo manual: pode ser utilizado apenas por profissionais treinados, como médicos e enfermeiros que estão devidamente habilitados a manejá-lo. O desfibrilador externo manual pode ser encontrado em hospitais e unidades de tratamento intensivo. Com ele, o operador decide a intensidade do choque que será aplicado, de acordo com seu peso e sua altura.

– Cardiodesfibrilador implantável: tem um funcionamento diferente. Ele fica instalado em um marca-passo, dentro da pele. É indicado por cardiologistas para pacientes com alto risco, de acordo com seu histórico clínico. Dessa forma, o processo é automático: quando o indivíduo sofre uma arritmia, o aparelho emite um pulso elétrico para corrigi-la. O aparelho tem custo elevado e dura, na maioria dos casos, em torno de cinco anos.

– Desfibrilador externo automático: muitos países buscam popularizar o uso deste desfibrilador cardíaco, já que ele possui um funcionamento mais fácil e pode ser usado para reverter a fibrilação ventricular do paciente.

O aparelho detecta o ritmo cardíaco “FV” ou fibrilação ventricular, presente em 90% das paradas cardíacas. Com a leitura através de pás adesivas no tórax, identifica se o choque é necessário e, caso o seja, aplica a descarga elétrica automaticamente, sem necessidade de o operador regular sua intensidade.

Costuma ser usado em lugares públicos, como estádios e aeroportos. Recomenda-se que o público leigo que faça uso desse desfibrilador cardíaco realize um curso de suporte básico em parada cardíaca.

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