Endocardite bacteriana: conheça os sintomas, causas e tratamento da inflamação das válvulas cardíacas

A endocardite é uma inflamação na membrana interna do coração, o endocárdio, o qual tem contato direto com o sangue interno. A endocardite pode afetar as válvulas cardíacas, septo interventricular e as cordas tendinosas, as quais oferecem abertura para as válvulas. Entre seus sintomas, estão febre, calafrios, sudorese, perda de peso, perda de apetite, tosse, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Devido à forte pressão sanguínea, o endocárdio é uma região pouco protegida pelo sistema imunológico. Por isso, o tratamento eficaz da endocardite não se constitui de tarefa simples. Se a doença não for tratada a tempo, pode levar à morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 20% dos pacientes que apresentam a endocardite bacteriana não sobrevivem.

É possível diagnosticar a endocardite bacteriana com a ecografia transesofágica. Foto: Shutterstock

A endocardite pode ser infecciosa e não-infecciosa. O primeiro caso pode ser provocado por inúmeras espécies de bactérias e até mesmo fungos – estes, mais raramente. O segundo, também conhecido como marântica, pode ser originado de tumor, doença autoimune ou respostas inflamatórias.

Endocardite bacteriana

A endocardite bacteriana é a endocardite infecciosa causada por bactérias. É composta de células inflamatórias, plaquetas, fibrina e micro-organismos. Antes da descoberta dos antibióticos, a doença era considerada fatal em muitos casos. Atualmente, até tipos mais graves de endocardite têm prognóstico mais favorável do que há algumas décadas. Mesmo assim, a doença ainda apresenta altas taxas de mortalidade.

Causas

Fatores de risco para o desenvolvimento de endocardite bacteriana incluem doenças congênitas do coração, certas doenças das válvulas do coração e alguns tipos de prolapso da válvula mitral, uma doença do tecido de sustentação da válvula mitral. Além delas, a utilização de drogas ilícitas endovenosas também pode contribuir para o surgimento da endocardite bacteriana.

No caso da endocardite bacteriana aguda, a grande vilã é a bactéria Staphylococcus aureus, a qual ataca órgãos distantes do coração, como cérebro, rins, pulmões, fígado e olhos. Ela pode evoluir rapidamente e levar à morte. Já para os casos de endocardite bacteriana subaguda, as vilãs são as bactérias Streptococcus viridans, Enterecoccus sp., Staphylococcus sp. ou bacilos gram-negativos. O tipo subagudo pode evoluir mais lentamente.

Diagnóstico da endocardite bacteriana

Febre alta é um dos primeiros indícios do problema. Eliminando-se outras complicações, chega-se à suspeita em relação à endocardite bacteriana. Atualmente, pode-se diagnosticar a endocardite bacteriana com uma ecografia transesofágica. Mas nem sempre se obtém cultura positiva do sangue para identificar o agente causador, pois muitos pacientes recebem antibióticos sem a devida prescrição, o que prejudica a avaliação.

Sintomas

Febres de longa duração, suores excessivos e alterações cardíacas são alguns dos sintomas mais comuns relatados por pacientes que sofrem de endocardite bacteriana. Outros sintomas frequentes são perda de peso, perda de apetite, tosse, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Tratamento

Para tratar a endocardite bacteriana, são necessárias altas doses de antibióticos durante um período médio de 30 dias. Dependendo do estado da válvula cardíaca acometida pela inflamação, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para a sua troca.

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