Infarto agudo do miocárdio e parada cardíaca não são a mesma coisa: conheça as diferenças

Facilmente e comumente confundidos, o infarto agudo do miocárdio e a parada cardíaca não são a mesma patologia. Ambos acometem o mesmo órgão, o coração, mas seus sintomas e efeitos são diferentes.

O infarto agudo do miocárdio – ou ataque cardíaco – ocorre quando o fluxo de sangue que vai até uma parte do coração acaba sendo bloqueado por um período de tempo prolongado. Isso faz com que o músculo cardíaco seja danificado ou até morra.

Infarto do miocárdio faz com que o músculo cardíaco seja danificado ou até morra. Foto: Shutterstock

Na maioria das vezes, o infarto é causado por um coágulo sanguíneo. O sangue coagula por alguma razão e impede o fluxo sanguíneo normal de chegar às artérias coronárias, as quais cumprem a função de levar sangue e oxigênio para o coração.

Quando isso acontece, o coração passa a ficar sem oxigênio e as células cardíacas começam a morrer. Dependendo do tempo de duração do infarto agudo do miocárdio, a não oxigenação do órgão pode comprometer totalmente o seu funcionamento ou até mesmo fazer com que ele pare de funcionar.

A causa desse tipo de anomalia nem sempre é conhecida. Elas são diversas e podem variar de pessoa para pessoa. Algumas causas comuns incluem estresse (físico ou emocional), aumento súbito na atividade física (infartos podem ocorrer durante jogos de futebol no final de semana, pois o corpo não está preparado para a leva tão grande de atividade repentina) ou quando exigimos demais do coração em temperaturas muito frias.

Os sintomas mais conhecidos do infarto agudo do miocárdio são a dor aguda no meio do peito, as dores no braço, na barriga ou na mandíbula, náuseas, palidez, suor intenso, falta de ar e fraqueza ou tontura. O médico deve ser procurado o mais rápido possível em casos de suspeita de infarto.

Quando não é infarto agudo do miocárdio

A parada cardíaca, ao contrário do infarto agudo do miocárdio, significa a cessão ou diminuição próxima de nula dos batimentos do coração. Isso faz com que o sangue pare de circular dentro do corpo e o paciente precise ser atendido imediatamente.

Em caso de parada cardíaca, cada segundo é decisivo entre a morte e a vida da vítima. O processo de ressuscitação deve ser iniciado em menos de três minutos. A partir deste tempo, por causa da falta de circulação de sangue pelo corpo inteiro, lesões cerebrais começam a se formar. Quando passam de cinco minutos, as chances de o paciente voltar à vida se aproximam de 0%.

O infarto agudo do miocárdio é a doença que mais mata no mundo atualmente. O problema se agrava porque metade das pessoas que sofrem dessa doença não consegue chegar a tempo até o hospital. Arritmias graves causadas pelo infarto levam à parada cardíaca e impossibilitam a recuperação do paciente.

Tratamento

O tratamento para o infarto agudo do miocárdio já está bem avançado e os médicos sabem identificar os fenômenos adequadamente. O atendimento foca na rapidez para a desobstrução da artéria, prevenindo danos mais graves ao coração ou a ocorrência de uma parada cardíaca, que causa danos ao cérebro.

Normalmente, a pessoa que passou por um infarto agudo do miocárdio precisa ficar sob observação no hospital por mais 48 ou 72 horas. Isso acontece porque o problema pode voltar a se repetir nesse período de tempo e os médicos precisam ter certeza de que o paciente está saudável.

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