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Obesidade e problemas gastrointestinais: saiba qual é a relação entre eles e veja como evitar

Por Redação Doutíssima 07/05/2014

A obesidade ocorre quando há um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior à quantidade usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades diárias. No entanto, é preciso alertar para uma perigosa relação: a obesidade e problemas gastrointestinais. Por isso, é importante estar sempre atento aos sintomas, para recorrer à orientação de um médico assim que necessário.

Ao avaliar a relação entre obesidade e problemas gastrointestinais, o ponto de partida é o IMC (Índice de Massa Corporal), que é calculado de forma a dividir-se o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado. O ideal é apresentar um IMC entre 18,5 e 24,9. Acima disso, começam a ser considerados alertas de obesidade e problemas gastrointestinais – este pode vir em decorrência dela.

Bactérias no intestino de obesos são diferentes das encontradas em magros. Foto: Shutterstock

Bactérias no intestino de obesos são diferentes das encontradas em magros. Foto: Shutterstock

A relação obesidade e problemas gastrointestinais

A ciência melhor explica a relação entre obesidade e problemas gastrointestinais. Um estudo de Brawer, publicado em 2009, revelou que podem ser associados à obesidade os seguintes fatores: o aumento do Índice de Massa Corporal, a dor abdominal superior, o refluxo gastresofágico, a diarreia, a dor no peito, a azia, as náuseas, os vômitos e a evacuação incompleta.

Há também a possibilidade de haver bactérias nocivas no intestino do indivíduo, as quais modificam seu apetite e alteram seu metabolismo, assim favorecendo o ganho de peso e, em casos mais graves, a obesidade.

Ao comentar a relação entre obesidade e problemas gastrointestinais, estudiosos afirmam ainda que as bactérias presentes no intestino de pessoas com obesidade são diferentes daquelas encontradas no trato digestivo de pessoas magras.

Essa concentração de bactérias torna o intestino mais permeável, aumentando sua capacidade de extrair energia dos alimentos consumidos. Além disso, elas favorecem o depósito de gordura nas células adiposas e no fígado. Outro problema resultante é o aumento da resistência à insulina, que pode levar ao diabetes.

A principal forma de transmissão de bactérias é da mãe para o bebê no momento do parto e durante o aleitamento materno, razão pela qual as gestantes devem tomar um cuidado especial para manter sua flora bacteriana sempre equilibrada.

Além disso, pessoas que adotam dietas ricas em gorduras e carboidratos podem apresentar a diminuição da contagem de bactérias boas e o aumento do grupo de bactérias ruins, o que causa alterações metabólicas. Por isso, é extremamente importante adotar sempre uma dieta equilibrada associada a hábitos saudáveis.

Tratamento

Em geral, esse desequilíbrio entre bactérias boas e ruins pode ser identificado por meio de um exame de fezes. Através da amostra, o laboratório investiga a predominância de bactérias ruins e, a partir disto, um médico especialista poderá direcionar o tratamento.

A forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável.

A utilização de medicamentos também pode contribuir de forma modesta e temporária. Já em casos mais graves, como a obesidade mórbida associada a comorbidades (como diabetes e hipertensão), há a opção de fazer a cirurgia de redução de estômago. Se você suspeita que possa estar apresentando algum grau de obesidade, consulte um médico e procure o tratamento adequado o quanto antes.

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