Guia dos Dentes

Exames complementares: manter a saúde bucal envolve uma investigação do corpo!

Por Isabela Marin 19/05/2014


exames complementares

“O doutor pediu exames complementares, e agora?” Cada vez que um indivíduo entra no consultório, a avaliação do seu problema deve ser feita a partir do todo, não do problema isolado. Afinal de contas, nossa boca não é separada do nosso corpo, então, tudo o que acontece numa reflete no outro. E vice-versa.

Certa vez, um paciente entrou em meu consultório a fim de descobrir a origem do seu mau hálito. Ao examiná-lo, verifiquei que sua saúde bucal não apresentava nada que pudesse ser a causa do seu mal. A resposta veio na anamnese, que é a análise geral do estado do indivíduo. Ele me relatou que já estava em tratamento médico e que tinha acabado de descobrir que desenvolvera um quadro de diabetes, doença caracterizada, entre outros sintomas, pela presença de hálito cetônico.

Em muitas situações, não conseguimos detectar imediatamente qual tipo de problema um dente (ou todos eles) apresenta. A partir daí, utilizamos recursos extras para definirmos um diagnóstico adequado. São os famosos exames complementares.

 

A função dos exames complementares

Os exames complementares servem para completar o diagnóstico que apresenta sinais característicos de determinada doença. Nessa análise geral se encaixam as radiografias, realizadas em instituto apropriado ou mesmo no próprio consultório, a anamnese, que são os questionamentos sobre a saúde de um paciente, e os exames laboratoriais, de sangue, urina etc.

Esses últimos, os laboratoriais, não são habitualmente solicitados pelo cirurgião-dentista, mas atualmente têm sido mais utilizados, em razão da crescente demanda de interessados em realizar implantes dentários. Aferir a pressão arterial também é uma prática que deve se tornar hábito em consultórios odontológicos. Muitos pacientes já foram encaminhados ao cardiologista ou outro especialista, ao terem um alteração de saúde constatada pelos exames complementares.

É importante compreendermos que uma infecção na boca significa uma infecção no nosso corpo, não é menos importante ou exige pouca atenção. Se ela permanecer muito tempo sem os devidos cuidados pode se alastrar, como é o caso da endocardite bacteriana, quando bactérias características da boca se alojam no coração e desenvolvem uma infecção, bacteremia, septcemia ou outra doença. Somente exames complementares poderão indicar que caminho seguir com cada paciente.

Sendo assim, na próxima vez que seu dentista solicitar um exame extra, não ignore. Às vezes, o que o paciente pensa ser pequeno, é somente a ponta do iceberg. Cuide-se sempre!

 

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