Clínica Geral

Como socorrer vítimas de ataques epilépticos: veja o passo a passo

Por Redação Doutíssima 02/06/2014

Apesar de pelo menos uma em cada cem pessoas em todo o mundo ter esta condição, não é todo mundo que sabe como reagir e o que fazer para ajudar pessoas durante ataques epilépticos. Aprenda agora como socorrer alguém que estiver tendo ataques epilépticos!

ataques epilépticos

Socorrer alguém que está tendo ataques epilépticos: Passo-a-passo

Antes de tudo, é importante lembrar que a epilepsia não é uma doença contagiosa. Para ajudar alguém que está sofrendo ataques epilépticos, você pode se aproximar sem medo. Na hora de ajudar quem está tendo uma crise de ataques epilépticos, o melhor a fazer é:

1) Manter-se calmo.

2) Afastar tudo o que possa causar ferimentos à pessoa.

3) Colocar algo macio sobre a cabeça dela para não se machucar.

4) Não “puxar” ou “desenrolar” sua língua ou introduzir objetos, como colher ou pano, em sua boca.

5) Não jogar água ou esfregar álcool no rosto da pessoa durante a crise.

6) Não dar nada para ela comer ou beber durante a crise.

7) Virar a cabeça dela de lado para não se asfixiar na própria saliva.

8) Não tentar segurar os braços e as pernas.

9) Esperar a pessoa recobrar a consciência e explicar a ela o que aconteceu.

10) Chamar atendimento médico se a crise durar mais do que cinco minutos.

 

ataques epilépticos

 

Os mitos sobre os ataques epilépticos

Na hora dos ataques epilépticos, muitos ainda acreditam em algumas lendas. As perguntas que sempre vêm à cabeça de quem está presenciando uma situação dessas é baseada em grandes mitos e em respostas baseadas nesses mitos, por exemplo: Devo puxar a língua para que ela não morra asfixiada? Devo tomar cuidado com a saliva para não “pegar” epilepsia? Será que é bom jogar álcool no rosto da pessoa para que ela desperte daquele “transe”? Ou segurar braços e pernas para que ela não se machuque? Ainda há muita desinformação a respeito da epilepsia.

ataques epilépticosO maior mito da condição epiléptica talvez seja o de que a pessoa pode morrer asfixiada se engolir a própria língua. Nesses casos, os desavisados são tentados tomar atitudes para abrir a boca do paciente durante a crise. Resultado: na ânsia de ajudar, já houve casos de pessoas que tiveram parte da mão decepada por mordeduras involuntárias. “A língua é um músculo e, como todos os músculos do corpo, também fica contraída durante a crise. Por isso, não existe nenhum risco de a pessoa engolir ou enrolar a língua. Não se deve colocar o dedo, nem introduzir objetos na boca da pessoa”, reforça a psicóloga Paula Teixeira Fernandes.

Outra lenda é a de que a saliva pode transmitir epilepsia. “A epilepsia não é uma doença contagiosa. Ou seja, não há qualquer risco de contágio pela saliva”, esclarece a neurofisiologista e neuropediatra Kette Valente, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). “Deve-se interferir o menos possível na crise epiléptica. O ideal é proteger o paciente, evitando que ele se machuque. E tentar colocá-lo de lado para que não haja aspiração da saliva”, resume Kette. Os médicos pedem também para que ninguém tente restringir os movimentos bruscos da pessoa durante os ataques epilépticos ou, ainda, jogar água ou esfregar álcool em seu rosto para reanimá-la.

 

 

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