Fertilidade

Conheça a punção testicular, uma opção de tratamento da infertilidade

Por Redação Doutíssima 26/06/2014

A punção testicular é um procedimento indicado para pacientes que não podem reverter à vasectomia. A intervenção cirúrgica consiste na retirada dos espermatozoides, por meio de uma agulha, diretamente dos testículos ou dos epidídimos. Este método é muito procurado por aqueles homens que querem muito ter filhos, mas, por alguma razão, não possuem espermatozoides na ejaculação.

Quando é feita a punção testicular

Quando o líquido ejaculado pelo homem não indica a presença de espermatozoides, o especialista sugere a punção testicular. O procedimento é feito da seguinte forma: o profissional utiliza uma seringa com uma agulha fina e injeta até o local desejado. A punção testicular pode ser feita com o paciente totalmente sedado ou apenas anestesia local.

Antes de fazer a punção testicular, paciente recebe as orientações do médico. Foto: Shutterstock

Antes de fazer a punção testicular, paciente recebe as orientações do médico. Foto: Shutterstock

Formas de realizar a punção testicular

Existem três formas de realizar a punção testicular. São elas: PESA (Aspiração Percutânea de Espermatozóides do Epidídimo), TESA (Aspiração Percutânea de Espermatozóides do Testículo) ou TESE (Extração por Biópsia de Espermatozóide do Testículo).

Na PESA, a técnica usada é menos invasiva, pois apenas aspira o líquido do epidídimo (parte em que está a maior parte dos espermatozoides), sem abrir o escroto. O procedimento pode ser feito apenas com anestesia local e é utilizado principalmente em homens que fizeram vasectomia.

Caso não sejam encontrados espermatozoides no epidídimo, o especialista parte para a técnica TESA, que é bem parecida coma PESA, porém, é feita no testículo, onde os espermatozoides são produzidos.

O método TESE é um pouco mais complexo. Através da técnica, é feito um corte de cerca de dois centímetros na pele do escroto, expondo o epidídimo. Em seguida, um dos túbulos dessa estrutura é isolado e o fluído dentro dele é aspirado.

A vantagem da TESE, quando comparada com outras técnicas, é o fato de o urologista ir diretamente ao local onde existem espermatozoides com o uso do microscópio, evitando-se múltiplas punções sem sucesso.

Os métodos não requerem muitos cuidados especiais. A recuperação da punção testicular é muito simples, após o procedimento, o ideal é que o homem cuide da região, aplicando bolsas de gelo e tomando analgésicos receitados pelo médico, caso for necessário.

Possíveis riscos da punção testicular

Não há garantias de que o material coletado por meio da punção terá espermatozóides, muito menos de que eles estarão em boas condições quanto à sua formação. As porcentagens de sucesso da punção testicular aliada à fertilização variam de acordo com alguns fatores, como o número de embriões transferidos, a idade da mulher e a qualidade do laboratório. Mulheres com menos de 30 anos de idade, por exemplo, podem ter até 50% de chance de sucesso, enquanto essa taxa cai para de 15% após os 42 anos.

Contraindicações da punção testicular

A punção testicular é contraindicada para pacientes com doenças testiculares graves. Mas, no geral, não oferece riscos maiores do que outros procedimentos pouco ou médio invasivos.

Lembrando que o ideal é realizar o procedimento em clínicas especializadas ou hospitais. O ambiente e os equipamentos devem estar bem esterilizados. Para realizar a punção testicular, o paciente deve estar em jejum de oito horas.

 

 

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