Clínica Geral

Glaucoma: sintomas e tratamento

Por Redação Doutíssima 01/07/2014

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e ocorre quando há um aumento da pressão intraocular, que causa danos ao nervo ótico. Ele é o principal nervo do olho humano, responsável por transportar as informações que adquirimos do ambiente externo, através da visão, até o cérebro, que as processa.

Glaucoma pode levar à cegueira

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que a doença seja a segunda maior causa de cegueira no mundo. Mas não há motivos para desespero. O tratamento é possível. Antes, porém, é importante conhecer como o glaucoma se desenvolve e prejudica a visão, quais os tipos de glaucoma e os sintomas da doença.

Para o diagnóstico do glaucoma, procure um oftalmologista ao surgir sintomas. Foto: Shutterstock

Para o diagnóstico do glaucoma, procure um oftalmologista ao surgir sintomas. Foto: Shutterstock

Como o glaucoma se desenvolve?

A parte da frente do nosso olho é preenchida por um fluído claro. Trata-se de um líquido produzido pelo próprio olho, mas que deve ser evacuado, o que acontece por um grupo de canais que compõe nosso sistema ocular. Quando algo bloqueia essa saída – no caso do glaucoma, a pressão intraocular -, é possível que isso acabe causando danos ao nervo ótico.

Quais os tipos de glaucoma?

Glaucoma Crônico de Ângulo Aberto: nessa espécie, a elevação da pressão intraocular ocorre de forma lenta e, de forma gradativa, acaba empurrando o nervo ótico para “atrás do olho”. Essa é a manifestação mais comum da doença, ocorre em 80% dos casos e, caso não seja tratada desde cedo, pode levar a vítima à cegueira.

Glaucoma Agudo ou de Ângulo Fechado: ao contrário do anterior, aqui, a elevação da pressão intraocular acontece de forma repentina. Caso não seja tratado esse quadro, é possível que a pessoa fique cega de 1 a 2 dias após apresentar o quadro.

Glaucoma de Pressão Normal: aqui, o que ocorre é que a pessoa está com a pressão intraocular em níveis dentro dos padrões aceitáveis, mas, mesmo assim, é acometida de danos ao nervo ótico. Há uma progressão bem lenta da doença.

Glaucoma Secundário: esse tipo é resultado de outras condições clínicas da vítima. Pode ocorrer em razão de outras doenças, como cataratas em estado avançado, por exemplo, ou até mesmo pelo uso de certos tipos de medicamentos – como os corticosteroides, que são usados para o tratamento de algumas doenças.

Glaucoma Congênito: acontece quando o bebê já nasce com a doença. É que as alterações da pressão intraocular podem ocorrer já no útero, ao longo da gestação.

Quais os sintomas do glaucoma?

São variáveis, conforme o tipo, os sintomas da doença. No caso do crônico e do de pressão normal, é difícil perceber sua presença ou desenvolvimento – neste último, porém, há progressiva perda da visão lateral, uma espécie de estreitamento.

O glaucoma agudo é caracterizado por uma dor intensa, que pode inclusive levar a pessoa a vomitar, bem como por vermelhidão nos olhos e a visão embaçada – é um caso grave, e deve ser buscado atendimento médico de emergência.

Já o congênito é facilmente diagnosticado por um pediatra: sensibilidade à luz, córnea grande e opaca, globo ocular de tamanho fora dos padrões são alguns dos sintomas.

Como tratar o glaucoma?

Há diversos tratamentos. Em regra, ele é feito à base de colírios, mas, dependendo da gravidade do caso, podem ser utilizadas algumas medicações orais ou até mesmo cirurgia, até que o quadro regrida.

No caso da versão crônica, não há cura, mas é possível o controle por meio de colírios – que devem ser usados a vida inteira.

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