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Uso do iPad pode causar alergia a níquel, dizem especialistas

Por Redação Doutíssima 16/07/2014

Dermatologistas norte-americanos, que atenderam o caso grave de um garoto de 11 anos alertam contra possíveis casos de alergia a níquel, causados pelo contato excessivo com tablets ou smartphones. 

 

alergia a níquel

Foto: Shutterstock

 

Os aparelhos móveis com a chamada tecnologia touch screen ou tela táctil ganha cada vez mais espaço no mercado. Popularizada pelos smartphones e tablets, as telas acionadas com a ponta dos dedos já está presente também em computadores, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, etc. Em meio a este sucesso, cientistas norte-americanos fazem um alerta: esta tecnologia poderia, em alguns casos, provocar alergias de pele, devido à presença de níquel no invólucro exterior dos aparelhos.

Segundo os médicos do hospital de San Diego, na Califórnia, um garoto de apenas 11 anos teria apresentado uma alergia a níquel em sua pele, causada após o uso frequente de um iPad. No caso, que foi publicado na Pediatrics, os especialistas afirmam que a criança sofreu por seis meses de reações cutâneas graves por todo o corpo em decorrência da alergia.

A situação do garoto só pode ser controlada após ele começar a usar uma proteção e evitar o contato com objetos que continham níquel, como zíperes, botões de metal, fivelas, talheres, maçanetas, chaves, clips, tesoura, etc. Os médicos afirmam também no texto que este estudo sobre a alergia a níquel complementa o trabalho anterior que já havia estabelecido uma ligação entre o risco de alergias e uso de laptops e telefones celulares.

 

Alergia a níquel

 

O níquel é um dos alérgenos mais frequentes na Europa, considerando que a alergia ao níquel é responsável por entre 10 e 15% dos casos em mulheres, e de 2 a 5% em homens. Em relação às crianças é um pouco mais grave, chegando à proporção de 25%. Na maioria dos casos a alergia a níquel se manifesta através de um eczema no local que teve contato com a substância, se manifestando após 5 ou 10 minutos.

O estudo não deixa claro se os cuidados precisam ser tomados com relação a todos os tablets e smartphones da Apple (ou de outras marcas também). O fato é que o iPad que causou a alergia a níquel na criança foi um dos primeiros modelos lançados pela empresa (as vendas do produto tiveram início em 2010).

Em resposta às informações publicadas pelos médicos a empresa Apple se limitou a dizer através de um comunicado que eles testam “rigorosamente” os produtos “para garantir que eles não representam um risco para os usuários”, lembrando que os casos de alergia por aparelhos deste tipo são “muito raros”.

Mesmo assim, os especialistas que cuidaram do caso da criança de San Diego concluem que, “com o aumento das alergias de níquel em crianças é importante que os profissionais de saúde continuem a associar objetos eletrônicos, tais como os tablets e smartphones com aparência metálica às alergias a níquel”. Somente assim será possível evitar que casos como este continuem aumentando.

 

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