Afetando músculos, ossos, tendões e até vasos sanguíneos, o pé torto congênito é, como o próprio nome sugere, uma deformidade congênita, ou seja, presente já no nascimento. Essa deformidade pode ter graus dos mais variados, bem como diferentes tipos de tratamento e cura.
Além disso, pode atingir apenas um, ou ambos os pés. Acometendo aproximadamente um a cada mil bebês nascidos vivos, o pé torto congênito aparece duas vezes mais em bebês do sexo masculino do que do sexo feminino.

Casos de pé torto congênito aparecem duas vezes mais em bebês do sexo masculino. Foto: Shutterstock
O que causa o pé torto congênito
Acredita-se que o fator hereditário seja importantíssimo na ocorrência do pé torto congênito. Para se ter uma ideia, quando há o nascimento de uma criança com o problema, a chance de um futuro irmão também apresentá-lo é extremamente alta: um a cada 35 nascimentos. De toda forma, os cientistas ainda não estão bem seguros sobre o que causa a deformidade congênita.
O pé torto congênito aparece nos primeiros meses da gestação, e é possível vê-lo através dos exames realizados nesse período. O diagnóstico de confirmação, porém, ocorre apenas no nascimento – e é bom ser feito por um profissional de confiança, já que essa má formação do pé pode ser confundida com problemas de outros tipos.
Tipos de pé torto congênito
– Pé Equinovaro: nesse caso, a região posterior do pé está bastante flexionada e inclinada para dentro, enquanto o meio do pé está circundado internamente e demonstra um intenso arqueamento. A porção anterior fica internamente inclinada.
– Pé Metatarso Varo: somente a parte anterior dele está desregulada, na parte de dentro, em relação ao restante do pé. É a deformidade considerada como uma das mais benigna de todas, já que raramente necessita de cirurgia.
– Pé Plano Valgo: o osso que articula pé e perna mostra-se em flexão plantar e com uma luxação, o que impede a redução da principal deformidade. Nesse caso, o pé assemelha-se com um mata-borrão, apresenta sola convexa, e o calcâneo para trás.
– Pé Calcâneo Valgo: nesse caso, temos o pé absolutamente fletido, no sentido dorsal.
Como é feito o tratamento
É importante que o tratamento comece o mais cedo possível: quanto antes, maiores serão as chances de resultados satisfatórios e da tão temida cirurgia. Além disso, o próprio tratamento em si é fundamental, já que, se não tratado, o pé torto congênito se agrava com o passar dos anos, dificultando muito a vida da criança.
Já nos primeiros dias de vida é possível tratar a doença, colocando espécies de gessos corretivos. E isso porque, nessa fase, os ossos dos bebês possuem bastante flexibilidade e capacidade de remodelação.
Então, com a colocação desses gessos, é possível estimular uma correção progressiva. Acredita-se que de 3 a 5 trocas de gesso já sejam suficientes para corrigir o pé torto.
Depois de obtida a posição correta do pé, coloca-se um pequeno aparelho para mantê-lo na posição correta: são espécies de botas. Essas botas para tratar o pé torto congênito devem ser usadas por um bom período de tempo.
Por fim, caso a criança já não tenha mais condições de usar o gesso, a única alternativa é o tratamento cirúrgico, cuja complexidade irá variar conforme a gravidade e o estado em que a má formação se encontra.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!