Clínica Geral

Biofeedback: como funciona a técnica que propõe a cura sem remédios

Por Redação Doutíssima 19/08/2014

O biofeedback é uma técnica através da qual as pessoas aprendem a influenciar os processos involuntários de seu próprio corpo. Quais as vantagens? Tendo o domínio do organismo, é possível aumentar o relaxamento, diminuir a dor e, principalmente, curar algumas moléstias de forma mais eficaz.

O grande destaque do biofeedback é que ele alia práticas milenares de relaxamento e respiração com tecnologia de ponta para o monitoramento do corpo humano.

biofeedback

Técnica objetiva controle voluntário sobre funções fisiológicas do corpo humano. Foto: Shutterstock

Esse tipo de tratamento é muito utilizado no tratamento de estresse, ansiedade, fobias, epilepsia, depressão, dentre outros. A grande diferença é que o biofeedback conta com a participação determinante do paciente, sem que o especialista que o esteja ministrando tenha que recorrer a medicamentos.

Biofeedback monitora funções fisiológicas

Em condições normais, a pessoa ignora muitos dos processos do seu próprio corpo – sua pressão arterial, por exemplo. Ainda que esse tipo de processo ocorra de modo automático, existem procedimentos que permitem ao ser humano influir voluntariamente sobre alguns deles.

Dizendo-se de outro modo: através do biofeedback, busca-se que a pessoa consiga um controle voluntário sobre as funções fisiológicas do corpo humano, sem o uso de medicamentos, e a partir daí possa influenciar sobre elas para corrigir algum problema.

E como é uma sessão de biofeedback?

O paciente chega ao consultório e senta-se em uma cadeira. A partir daí, o profissional conecta um aparelho com sensores em várias partes do corpo daquele que está se submetendo ao tratamento – nos dedos, por exemplo.

Então, os impulsos elétricos emitidos pelo corpo através dos sensores são registrados e expostos em um monitor na forma de gráficos ou outras representações visuais. Para aumentar o nível de informações, é possível que o paciente receba alguns estímulos, como o aumento ou a diminuição de um som, uma imagem.

Antes dos registros, porém, é normal que o paciente relaxe. A sessão costuma durar entre 15 e 25 minutos e, normalmente, o profissional especializado ensina ao paciente como funciona o aparelho, deixando-o sozinho para que tenha maior privacidade e não se incomode pela presença de estranhos no consultório. No fim da sessão, paciente e profissional analisam os resultados e avaliam o que eles representam.

Essa técnica ajuda a fazer consciente aquilo que até então era inconsciente, e ajuda a descobrir aquilo que precisa ser melhorado. Serve para nos fazer aprender sobre os estados fisiológicos e comportamentais do nosso corpo, e resolver situações que perturbam.

Os profissionais indicam o biofeedback principalmente na administração do estresse, ou para aquelas situações em que as demandas externadas ou internas acabam superando nossa capacidade de resposta. Porém, já foram registrados resultados positivos em casos de:

– Ansiedade

– Depressão leve

– Epilepsia

Dor de cabeça

– Melhora da concentração

– Tensão muscular

– Reeducação neuromuscular

– Dores crônicas

– Hipertensão

– Asma

– Problemas circulatórios

– Síndrome de Raynaud

– Bruxismo

Incontinência urinária

– Deficit de atenção em crianças

Outros usos

Atualmente, esse método vem sendo usado também no esporte. O grande objetivo é reduzir a ansiedade antes das competições, que é medida através dos batimentos cardíacos. Também vem sendo pesquisada a possibilidade de sua utilização em tratamentos do câncer e otimização de rendimento.

 

 

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